O jornalista Donizete Arruda veiculou, na manhã desta segunda-feira, 09, a informação de que a Controladoria Geral da União (CGU) está investigando o médico Ricardo Silveira por sua gestão à frente da Fundação Nacional de Saúde no Ceará (Funasa).
Segundo Donizete, a CGU encontrou desvios que podem chegar a R$ 19 milhões. As investigações revelaram que o médico quixadaense usava até assinaturas de engenheiros falecidos para autorizar obras irregulares, explica.
Para o jornalista, o assunto caminha para acabar nas mãos da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Escute o áudio:
Ricardo Silveira preferiu silenciar durante todo o dia. Não houve reação. Nenhuma palavra sobre a denúncia de Donizete Arruda.
Da mesma forma, as mídias da família Silveira, que são sempre ativas para criticar a gestão pública em Quixadá e sugerir corrupção alheia, permaneceram em silêncio absoluto. Nenhuma nota no blog da família e nenhuma palavra dos seus radialistas sobre o caso. Telefonemas para os seus programas de rádio nesta segunda não foram aceitos. Nem mesmo uma declaração informal nas redes sociais foi dada. A ordem, pelo visto, é silenciar.
Preferiram dar destaque a atendimentos médicos realizados por Ricardo Silveira no distrito de Custódio. Longe de mera solidariedade, as tais caravanas do coração são acompanhadas de aparato midiático para divulgação posterior. Nelas, Ricardo não apenas faz atendimentos, mas posa para fotos, dá entrevistas e participar de longas sessões de apertos de mão. É sua pré-campanha.
Único sinal de reação foi um áudio divulgado por um empresário aliado do médico, no qual ele afirma que Ricardo Silveira já avisou que vai atuar para sair como vítima da situação.
As revelações de Donizete Arruda caíram como uma bomba sobre o discurso moralista dos Silveiras, que parecem paralisados com a situação.
No final da tarde de hoje, um dos repórteres mantidos pela família Silveira disse no Facebook: “Nada recebemos da justiça. Por isso não há pressa em uma resposta, uma vez que Ricardo Silveira nunca respondeu e nem foi condenado por falhas na Administração Pública.” É verdade. Nunca respondeu mesmo. E nem poderia, já que nunca havia trabalhado antes na administração pública mais de uma semana. A primeira vez foi na Funasa. E pelo que diz Donizete Arruda, já terá de responder por suspeitas de desvios milionários e uso político particular da coisa pública.