Irmão do médico Ricardo Silveira é flagrado insuflando votação artificial de enquetes na internet

Everardo Silveira Filho e seu irmão, o médico bolsonarista Ricardo Silveira.

O irmão do médico bolsonarista Ricardo Silveira, Everardo Filho, que também é ex-diretor da falida rádio Monólitos, foi flagrado articulando votação de enquetes na internet a favor do próprio irmão, que se apesenta como pré-candidato nas eleições de 2020 em Quixadá.

Em prints que circulam nas redes sociais, ele articula para que os membros de um grupo identificado como “R 2020”, insuflem uma enquete sobre rejeição de pré-candidatos e votem contra Ilário Marques e Sergio Onofre.

Prints com articulação para insuflar votação artificial em enquete na internet.

A ideia parece ser de criar, através de votação artificial, a impressão de apoio massivo a Ricardo Silveira.

“Aí vamos votar no Sergio e no Ilário. Vamos votar nos dois”, diz o integrante da família Silveira, orientando votação para aumentar a rejeição aos concorrentes na enquete.

Everardo Filho e o membro mais velho do trio, o empresário Amílcar Silveira, são considerados como as figuras que mais influenciariam o dia a dia da prefeitura de Quixadá, caso o médico tivesse êxito na disputa. Quixadá teria, na prática, o equivalente a três prefeitos.

A ação flagrada e divulgada por integrante do próprio grupo de Whatsapp da pré-campanha dos irmãos Silveira parece revelar, além da total falta de credibilidade de enquetes desse tipo, também a existência de um forte esquema de manipulação de informações nas redes sociais, com vistas a dar aparência de vantagem ao médico bolsonarista. Em 2016, Ricardo Silveira perdeu com ampla diferença de mais de 6 mil votos.

A grande desvantagem desse método de fazer campanha baseado em enganar o público, é que votos artificiais não são computados numa eleição de verdade. Na eleição de verdade, Ricardo Silveira foi rejeitado pela maioria dos quixadaenses. Ao investir em enganar o público com mentiras e enquetes insufladas artificialmente, os articuladores da campanha do médico parecem mostrar que não aprenderam o suficiente com a derrota esmagadora de 2016.


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