A Rádio Monólitos denunciou como “farra de quentinhas” e “regabofe” uma licitação da Prefeitura de Quixadá destinada a aquisição de alimentos para o Fórum do município.
Como mostram os documentos anexados a esta matéria, a aquisição dos alimentos é solicitação costumeiramente feita pela própria Justiça. No documento que pode ser visto abaixo, por exemplo, há um pedido feito pelo Juiz de Direito Dr. Welithon Alves de Mesquita, para que a prefeitura forneça toda a alimentação ao Tribunal do Júri no mês de novembro. Os pedidos são feitos com periodicidade mensal.
Os alimentos solicitados pelo Fórum são destinados aos jurados, que realizam até duas sessões por dia durante todo o mês.
Como maneira de atender a demanda, o Gabinete do Prefeito realiza licitação destinada a contratar fornecedores para atender os pedidos do Fórum sempre que necessário. NÃO SE TRATA, PORTANTO, DE NENHUMA FARRA. Há dotações orçamentárias específicas para apoio ao Poder Judiciário.
É importante ressaltar que os preços dos serviços de alimentação correspondem aos preços de mercado e não podem ser comparados com o valor de quentinhas compradas por uma única pessoa nos estabelecimentos comerciais do município. Isto porque, além da própria quentinha, os serviços de buffet contratados pela prefeitura incluem fornecimento de sucos e refrigerantes e, quando necessário, serviços de garçom, como será mostrado mais à frente. No caso da aquisição para o Fórum, denunciada como “regabofe” e “farra”, um lanche sai por apenas R$ 5,00 e uma refeição para almoço, incluindo sucos e refrigerantes, sai por apenas R$ 10,89.
Confira como é feita a solicitação pelo Fórum de Quixadá:
[docpdf]https://www.diariodequixada.com.br/wp-content/uploads/2017/10/jpg2pdf-1.pdf[/docpdf]
Confira os preços dos serviços de alimentação contratados para o Fórum de Quixadá:
[docpdf]https://www.diariodequixada.com.br/wp-content/uploads/2017/10/farra.pdf[/docpdf]
Em seu blog, o Sistema Monólitos qualifica o procedimento de apoio ao Poder Judiciário como “uma vergonha”, “falta de seriedade” e ‘situação de grande gravidade’, e sugere que o Ministério Público faça uma investigação. Não se sabe se por falta de conhecimento sobre a destinação dos alimentos, o mesmo blog afirma erroneamente que eles serão servidos “aos nossos fartos gestores”.
SERVIÇOS DE BUFFET PARA EVENTOS COM PROFESSORES SOB ATAQUE
Os mesmos denunciantes também atacaram as licitações destinadas a aquisição, por parte da Secretaria de Educação, de serviços de buffet para eventos com os professores da rede pública municipal. Para os dirigentes do PMDB de Quixadá, é “farra” bancar alimentação para eventos com os mestres do ensino local. Os preços denunciados, porém, estão dentro do valor de mercado.
Um almoço para professores incluindo legumes, carnes, sucos, refrigerantes, arroz, feijão, farofa, infraestrutura física e serviços de garçom sai por apenas R$ 18,50. Este valor não contempla, portanto, apenas os alimentos em si, como foi erroneamente dito em matéria do Sistema Monólitos, e está, claramente, dentro dos preços praticados pelos serviços de buffet em Quixadá. NÃO HÁ, ENTÃO, NENHUMA FARRA. A informação de que o valor de R$ 18,50 se refere apenas à refeição é falsa e se destina, obviamente, a criar antipatia da população pela gestão pública municipal, da qual os denunciantes são notórios opositores por terem perdido nas urnas em 2016.
Nem o lindo encontro dos educadores de toda a rede pública municipal, realizado na Faculdade Cisne no último dia 17, e que contou com a presença do poeta Bráulio Bessa, escapou da crítica infundada. Segundo a denúncia dos dirigentes do PMDB, o encontro teria conotação política porque teria sido marcado pela cor vermelha. De fato, as luzes e as imagens coloridas do telão de LED exposto no local expunham, vez por outra, a cor vermelha, como fazia também com outras cores.
Definir um encontro da magnitude que foi o encontro dos educadores como evento de cunho político partidário por causa da aparição eventual da cor vermelha é de uma apelação argumentativa sem tamanho. Quando a cor amarela aparecia era, por acaso, propagando para o PMDB de Quixadá? Difícil supor tamanha bizarrice e os próprios professores sequer pensaram em tal coisa.
O fato é que o encontro traçou metas de trabalho e, mais importante, serviu para promover a necessária troca de conhecimento, experiência e, principalmente, incentivo para que os mestres do ensino público quixadaense continuem com vigor e bom ânimo a tarefa do magistério.
Enquanto a gestão pública municipal vai estabelecendo seu espaço, fortalecendo sua atuação, transformando a cidade e recuperando o tempo perdido, resta aos opositores cair na crítica vazia e atacar, por tabela, até a própria Justiça e os interesses dos professores.