Quixadá, no Sertão Central, começa esta segunda-feira, 08, com 1.289 confirmações da covid-19. Destes, 831 pacientes são considerados recuperados da doença.
O município se destaca pela adaptação rápida que fez dos recursos de que dispunha para enfrentar o novo coronavírus. Num cenário que poderia ser bem pior, a cidade vem conseguindo impôr freios na velocidade de contaminação e, tão importante quanto isto, oferecer tratamento em leitos exclusivos.
Uma das medias mais importantes estabelecidas pela administração local foi a criação de um serviço de teleatendimento ainda no início da crise. Quase 3 mil pessoas já receberam em casa equipes médicas para recolhimento de material para exame.
Aqueles que realizam os exames e são diagnosticados com a doença continuam recebendo visitas. Alguns até quatro vezes na mesma semana. No momento em que você lê esta frase, é possível que alguém esteja conversando com estes profissionais em casa, enquanto se recupera. A ideia é acompanhar a evolução de cada caso e determinar novas medidas de auxílio aos doentes. Atualmente, 424 pacientes estão sendo monitorados assim.
Essas visitas, que são realizadas em média 90 vezes por dia, são essenciais para combater sintomas e impedir evolução negativa do quadro clínico de cada paciente. Elas determinam a necessidade, por exemplo, de internação em um dos 40 leitos próprios do município ou a transferência para hospitais de referência do estado. Isto contribui para diminuir a letalidade do vírus.
Em ano eleitoral, militantes de oposição ao governo municipal tentam jogar todo esse imenso trabalho dos profissionais da saúde no lamaçal da politicagem. A todo momento atacam os serviços prestados, tentam desqualificá-los e transformam tudo em uma disputa que não se sabe ainda nem mesmo se será feita em 2020.
Aqueles que recebem ajuda, porém, reconhecem que o trabalho é sério, feito por gente interessada em salvar vidas. É o caso, por exemplo, do Paulo Pinto Bezerra, que completou 52 anos no sábado, dia 6, e ganhou como presente a alta hospitalar e a volta para o seio de sua família após 10 dias internado, 3 deles na Unidade Covid em Quixadá e 7 no Hospital Regional, em Quixeramobim.
Nas redes sociais, Paulo Pinto comentou: “Serei grato eternamente aos profissionais de saúde que fizeram sua parte onde eu passei e, em especial, como eu o tenho chamado, meu anjo da guarda, Dr. Omã Murab.” O médico citado coordena os serviços de combate ao coronavírus em Quixadá.