A DFL Serviços de Limpeza Urbana e Meio Ambiente LTDA ME, de propriedade do acusador de Ilário Marques, o empresário Ernani Teles Castro Junior, foi denunciada ao Ministério Público em Quixadá nesta terça-feira (09), por não estar realizando o transbordo regular do lixo deste município para o aterro sanitário em Senador Pompeu.
A denúncia partiu de outra empresa, a RPC Locações e Construções Eireli-EPP, responsável por realizar a coleta do lixo no município. Por causa da ausência do transbordo dos resíduos para o aterro sanitário, os caminhões da RPC não conseguem descarregar nas plataformas localizadas no que era o antigo lixão de Quixadá.
Nesta terça-feira, por exemplo, a coleta do lixo nas ruas deixou de ser feita em vários bairros da cidade e nos Distritos, como já vem acontecendo há semanas. Os cidadãos já notam a diferença ao perceber o acúmulo da sujeira. No Residencial Rachel de Queiroz são inúmeras as reclamações relacionadas com a falta do recolhimento do lixo. A RPC se diz vítima desta situação e apelou ao Ministério Público para não sair prejudicada.
Curiosamente, o prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, assinou recentemente um acordo de R$ 180 mil com o empresário que acusou Ilário Marques. O acordo supostamente se baseou na necessidade da empresa retomar os serviços de transbordo do lixo para Senador Pompeu que haviam sido suspensos. É ainda mais curioso o fato de que já havia uma decisão judicial obrigando a empresa a retomar este serviço, tendo o citado acordo sido celebrado, aparentemente, num atropelo à existência de uma querela sobre o assunto no âmbito do Poder Judiciário.
De acordo com as informações obtidas pelo DQ, a denúncia levada aos promotores nesta terça-feira pela RPC inclui documentos e vídeos para comprovar a ausência do transbordo regular e os efeitos negativos que isto tem sobre a coleta do lixo em Quixadá.