Sem controle do TSE, cresce o mercado de pesquisas fraudulentas em 2020

Sem controle do TSE, cresce o mercado de pesquisas fraudulentas em 2020.

O número de pesquisas bancadas com recursos dos próprios institutos cresceu 174% nesta campanha em relação a 2016, de acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) — foram 3.499 até quinta-feira (29), contra 1.279 há quatro anos, em intervalos de tempo equivalentes.

Além do aumento expressivo, reportagem publicado pelo GLOBO identificou acusações de ofertas de resultados fraudulentos, levantamentos feitos a partir de formulários do Google e Facebook e uso de dados falsos de estatísticos, entre outros indícios de que a expansão do mercado de medição da intenção de votos vem acompanhada de práticas que podem interferir no processo eleitoral.

Ao informarem que realizaram as pesquisas com verba própria, sem contratante externo, os institutos não precisam prestar contas sobre a origem do dinheiro. Há casos de levantamentos feitos por empresas que declararam à Receita Federal ter como atividade o transporte com uso de vans e a filmagem de casamentos.

Entre as principais falhas em pesquisas fraudulentas detectadas, contata-se questionários irregulares, nomes fora de ordem,  alfabética, perguntas que excluem candidatos e privilegiam outros, e presença de candidatos que sequer fazem parte da disputa. Há também episódios de fraudes no uso dos nomes dos estatísticos responsáveis pelo embasamento técnico da pesquisa.

Em nota à imprensa, o TSE informou que não realiza qualquer controle prévio sobre o resultado das pesquisas, tampouco gerencia ou cuida de sua divulgação, atuando sempre que é provocado por meio de representação. De acordo com o tribunal, um sistema com mais segurança para o registro de pesquisas será implementado no ano que vem. (FONTE: O GLOBO)


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