O deputado federal Alexandre Frota (PSL-SP), um dos mais ferrenhos cabos eleitorais de Jair Bolsonaro, disse nesta quinta-feira (14) que se tornou “persona non grata” no governo.
Segundo ele, Jair Bolsonaro fmandou vários aliados, inclusive seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), avisar que ele não gostou do discurso feito por Frota pedindo a prisão do ex-assessor de Flávio, Fabrício Queiroz, alvo de investigações por conta de movimentações financeiras suspeitas no caso conhecido como Bolsogate.
“Hoje depois de quatro anos de dedicação recebi a informação que sou persona não grata no governo Bolsonaro por eu defender a prisão do Queiroz que confessou rachar os salários de funcionários, e por ter pedido o afastamento do senador para ele apenas se defender”, disse Frota em sua página nas redes sociais.
Mais tarde, Frota voltou a falar sobre o assunto. Desta vez disse que se encontrou com Flávio Bolsonaro e que ele reforçou que o pai estava “chateado” com ele.
“Hoje encontrei o Flávio Bolsonaro, ele me confirmou que o pai ficou chateado comigo, foi a terceira pessoa que veio me dar o recado. Ok, recado dado”, escreveu.
Frota não segurou a pressão diante da série de escândalos envolvendo uma movimentação milionária de Queiroz que repercutia na imprensa e no Congresso. Durante sessão, ele disse que não aguenta mais ouvir ataques de deputados de esquerda contra os apoiadores de Bolsonaro por conta da suspeita de desvio de recursos públicos por Queiroz, ex-assessor de Flávio na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
“Já que o Queiroz assumiu que ele fez a rachadinha, que ele trabalhou em cima, eu quero que o Queiroz seja preso e gostaria que o Flávio Bolsonaro se afastasse para poder se defender. E, se nada tem, que voltasse aqui e esfregasse na cara da esquerda, porque todos os dias nós subimos aqui e somos fuzilados pela esquerda”, disse.