Quem gosta de ostentar corpo como troféu são os “moleques” e os “heterotops redpill”

 

Prezadas leitoras dominicais,

Essa semana, em diálogos com uma seguidora, ela me narrou seu constrangimento na vivência da sua sexualidade, motivada pela vergonha do próprio corpo.

Durante o diálogo, eu emiti a minha opinião, com muita segurança, de que homens héteros, que se distanciam do machismo, gostam de mulheres e que, nesses momentos de intimidades, buscam conexão e compartilhamento de sensações. Portanto, não estão preocupados em analisar o corpo da parceira. Quem gosta de ostentar corpo como troféu são “moleques” e “heterotops redpill”.

Se eu pudesse dar um conselho a cada mulher que me lê, seria: para ter uma vivência plena da sua sexualidade, trabalhe a sua autoestima.

Quando uma pessoa possui uma autoestima saudável, ela é capaz de se relacionar consigo mesma e com os outros de maneira mais confiante, o que influencia positivamente sua intimidade sexual. A autoestima fortalece a capacidade de comunicar nossos desejos e limites, criando um ambiente de confiança e respeito mútuo.

Uma mulher com a autoestima trabalhada torna-se criteriosa e, nessa perspectiva, entende que não é apenas sobre sexo, mas sobre confiança em si mesma, que é um afrodisíaco natural, capaz de abrir portas para experiências sexuais mais gratificantes e profundas.

Além disso, a autoestima saudável nos protege contra relacionamentos abusivos, emponderando-nos para reconhecer e buscar relacionamentos saudáveis, baseados no respeito e na igualdade.

Quando nos sentimos dignas de prazer, ficamos mais dispostas a explorar nossos desejos e a buscar experiências que nos proporcionem bem-estar.

Ao valorizarmos quem somos e o que nos dá prazer, abrimos espaço para a descoberta e a expressão de nossa autenticidade, libertando-nos das inseguranças e expectativas irracionais.

Trabalhar a autoestima e o auto merecimento nos ajuda a valorizar nossos corpos e a reconhecer que a diversidade é uma parte natural da sexualidade humana.

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Sobre a autora: Kercya Nara é formada em Letras, Especialista em Literatura e formação do Leitor. É Mestra em Literatura e Interculturalidade. Pesquisa sobre Representação Feminina na história, nas artes e na sociedade desde 2004. Atua como professora universitária nas Áreas de Literatura, Letramento, Comunicação, Pesquisa e Produção Científica. Escreve para o DQ todos os domingos, discutindo assuntos como autocuidado físico, social, mental e profissional.

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