No ambiente organizacional contemporâneo a busca por equipes de alta performance para promoção de uma maior força empreendedora tem sido um dos principais focos da gestão. A visão essencialmente operacional e o foco na lucratividade tem perdido espaço, já que o trato positivo com pessoas e equipes tendem a, cada vez mais, promover a imagem institucional e a sustentabilidade do negócio.
Neste cenário complexo e envolto de realidades sensoriais, psíquicas e emocionais, o papel do líder se faz crucial. A abordagem exigida para este profissional envolve temas que perpassam o antigo modelo de remuneração e satisfação das necessidades básicas (fisiológicas). Espera-se do novo líder, a busca incessante pelo desempenho pessoal, coletivo e organizacional, aplicados à gestão estratégica organizacional.
Para o novo líder, busca-se também um apurado senso de planejamento e proatividade, surgindo assim a liderança estratégica, competente para o desenvolvimento organizacional por meio de uma condução visionária, envolvendo pessoas, processos e tecnologias, tripé da alta performance empresarial.
Para execução de uma liderança de elevado padrão, os gestores contemporâneos devem atentar a alguns princípios básicos:
– Gestão Humanizada – refere-se ao respeito à essencialidade humana, adotando posturas de aceitação da criatividade e liberdade;
– Aprendizagem contínua – a organização como um ambiente de constante aprendizado em todos seus processos, estratégias e pessoas;
– Senso empreendedor – as equipes são vistas como parte do processo, um parceiro do negócio;
– Desprendimento – compartilhamento de bens materiais e imateriais em forma de reconhecimento, qualidade de vida no trabalho, condições dignas, recompensas.
– Constância – refere-se ao ciclo contínuo, que não deve se extinguir em nenhuma de suas fases, mas sim acontecer de forma sistemática e sempre primando pela busca de melhores resultados.
Entendendo que as pessoas são fonte inesgotável de ideias e necessidades, o líder deve buscar de forma constante o incentivo à mudança e à inovação com o foco na melhoria contínua alcançando assim uma gestão eficaz de pessoas e talentos. Para tanto, um ciclo básico se faz necessário. Nele as seguintes fases devem ser contempladas: Mapeamento de competências essenciais > Mapeamento de competências existentes > Planejamento estratégico de pessoas > Adequação das competências necessárias de líderes e liderados > Integração à Avaliação estratégica > Compartilhamento de resultados.
Percebe-se assim que na atual gestão de pessoas, o papel do novo líder organizacional é suprimir os sistemas organizacionais mecânicos – caracterizado por rigidez e limitação (medo, repressão, hostilidade e imposição) – e incentivar a criação de sistemas organizacionais orgânicos – caracterizado por um ambiente de flexibilidade, liberdade, confiança mútua, diálogo, descentralização e motivação.
Este novo método propõe a socialização do ambiente organizacional, tornando os valores empresariais coletivos, com nova visão de mundo, adaptada às mudanças, possibilitando a recriação e a renovação empresarial e a conquista de novos mercados através da retenção de talentos e transformação deles em equipes de alta performance.
Gioconda Queiroz é administradora de empresas e escreve sobre gestão e negócios para o Diário de Quixadá.