A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (6) uma operação contra possíveis envolvidos em um esquema de corrupção no extinto Ministério do Trabalho, durante os anos de 2016 e 2018, após a saída da ex-presidente Dilma Rousseff.
Os agentes cumpriram 41 mandados de busca e apreensão, e tem como um dos alvos Ronaldo Nogueira, ex-ministro do Trabalho de Michel Temer e atual presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) por indicação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzononi, que passa por um processo de fritura no bolsonarismo.
No ano passado, o médico quixadaense Ricardo Silveira, adepto do bolsonarismo, viajou para Manaus, onde participou de um seminário na qualidade de Superintendente da Funasa no Ceará. Ele teria mantido encontro a portas fechadas com Ronaldo Nogueira, hoje alvo da Polícia Federal. Muitos apontam que Nogueira foi um dos responsáveis por manter Ricardo Silveira na Funasa mesmo após a derrota do ex-senador Eunício Oliveira nas eleições de 2018. As condições para o apoio dado por Ronaldo Nogueira ao médico quixadaense são desconhecidas.
Nos bastidores da política em Quixadá o que se diz é que Ricardo Silveira, que foi aliado de Michel Temer e de seus ministros e é bolsonarista, só se incomoda mesmo em ser amigo de investigado do PT. Já do resto…
Outro alvo da operação de hoje é Pablo Tatim, ex-assessor de Onyx, além do ex-deputado federal Jovair Arantes. De acordo com a polícia, teriam sido desviados R$ 50 milhões da pasta do Trabalho.
Todos são suspeitos de cometer os crimes de organização criminosa, peculato, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva.
