O espaço da mulher no mundo dos negócios

Na semana em que se comemora o dia Internacional da Mulher, nada mais justo do que falar um pouco sobre o crescente espaço que elas têm ocupado no mundo dos negócios. A luta pela igualdade de gênero na sociedade como um todo é uma causa antiga. Depois de diversos movimentos de protestos e sacrifícios à vida de mulheres que lutavam por espaço e oportunidade, elas têm conseguido paulatinamente galgar novas conquistas pessoais, reduzindo cada vez mais o ultrapassado estereótipo popular que ”lugar de mulher é na cozinha”.

O antigo modelo patriarcal que considera as mulheres como “seres frágeis” cede espaço a um novo papel social, onde elas se apresentam como figuras renovadoras, capazes de lidar com múltiplas tarefas (inclusive a doméstica e familiar) e de envolver e motivar equipes, levando empresas a alcançarem lugares de destaque jamais imaginados.

Após diversas lutas em busca do reconhecimento e da igualdade de direitos, as mulheres hoje ocupam diversos espaços no mundo do trabalho, inclusive em atividades que, há um período não muito longínquo, eram consideradas puramente masculinas. Ainda assim, muita luta há de ser travada. O que ocorre é que existe ainda, em alguns ambientes empresariais, situações conflitantes no que se refere à desigualdade de gênero, observadas, por exemplo, na diferença de remunerações e benefícios, abuso de poder, alto índice de abuso sexual e moral dentro do ambiente organizacional, dentre outras situações.

Chegando ao ambiente empresarial, a mulher propõe, em sua grande maioria, construir novos valores sociais, culturais e morais, conseguindo de forma natural, utilizar suas capacidades e conhecimentos de forma a assegurar independência e participação completa na vida da sociedade que a rodeia. Podemos observar claramente este advento e transformação, ao analisarmos a quantidade de mulheres na sala de aula de cursos superiores, aprovadas em concursos públicos, assumindo cargos políticos, na ocupação de cargos de alta gestão nas organizações privadas de diversos setores e especialmente nas empresas particulares, o que demonstra também o censo empreendedor delas.

Uma pesquisa realizada pela Catho Online em 2012 analisou mais de duzentas mil empresas de grande porte e apontou para um percentual de 23,85% de participação feminina em altos cargos organizacionais. Estes valores não chegavam a 10% em cerca de quinze anos atrás. Percebemos assim que as empresas já identificaram o perfil proativo e de liderança feminina, e que tem aproveitado para agregar esta nova proposta aos empreendimentos.

A sociedade, por sua vez, também já identificou os ganhos refletidos com o modelo de gestão proposto por líderes femininas, assim, acabam por valorizar produtos e serviços que tragam agregados características como perspicácia, sensibilidade e percepção apurada, valores propostos com mais intensidade por elas. Outra importante característica se refere à sensibilidade feminina, que no ambiente organizacional consegue traçar soluções criativas para reduzir as diferenças entre equipes, favorecendo a sinergia empresarial.

De forma a garantir que este novo modelo de participação, diversos órgãos motivam às empresas a incentivarem e valorizarem estas profissionais. Como exemplo, temos as Metas do Milênio da ONU, o selo Pró Equidade de Gênero e Raça do IPEA, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios, dentro outros.

Percebamos assim, que a mulher tem cada vez mais se destacado no mundo dos negócios de forma comprometida, responsável e inovadora, assumindo um perfil profissional almejado pelos grandes empreendimentos. Assim, podemos concluir que, na sociedade atual, o lugar da mulher é onde ela queira estar.

Gioconda Queiroz é administradora de empresas e escreve sobre gestão e negócios para o Diário de Quixadá. 


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