Na tarde desta quarta-feira (05/07), o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio da 1ª Promotoria de Justiça de Quixadá, apresentou uma denúncia contra Marcos Nossares Brito Rodrigues e Ronielle Alves da Costa por tentativa de feminicídio por motivo torpe e com emprego de meio cruel. A vítima, uma mulher que sobreviveu aos ataques após receber socorro médico, tinha um relacionamento amoroso com Marcos Nossares, e este, motivado por ciúmes, contou com a ajuda de Ronielle Alves para desferir golpes de madeira ou ferro contra a cabeça dela.
Segundo os autos, os suspeitos seguiram a mulher no dia 29 de maio, retirando-a à força do local onde se encontrava. Em seguida, levaram-na para a residência do casal, onde passaram a golpear sua cabeça, resultando em sua perda de consciência, de acordo com a denúncia.
A denúncia foi realizada após a vizinha do casal acionar as autoridades policiais. Durante seu depoimento, ela relatou ter presenciado o corpo da mulher coberto de sangue e ter ouvido suas agonizantes frases: “amor, por que você fez isso comigo?” e “eu não fiz nada”. A testemunha ainda afirmou ter escutado Ronielle Alves consolando o companheiro da vítima, após a consumação do crime, ao dizer “tem problema não, se morrer a gente enterra”.
O cenário descrito pela testemunha foi confirmado pelos policiais militares que chegaram ao local para socorrer a vítima. A mulher foi encaminhada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixadá, onde a equipe médica organizou sua transferência para a capital devido à gravidade dos ferimentos. O promotor de Justiça titular da 1ª PJ de Quixadá, Bruno de Albuquerque Barreto, enfatizou que “todo e qualquer ato de violência contra a mulher receberá atenção especial da nossa Promotoria e jamais será tolerado, sendo certo que ao agressor será aplicada a lei com o máximo de rigor possível”.
A Promotoria encerrou a denúncia solicitando a prisão preventiva dos dois suspeitos por tentativa de feminicídio, levando em consideração a relação familiar e doméstica entre a vítima e um dos acusados, o motivo torpe, dado a motivação por ciúmes, e o emprego de meio cruel, devido à agressividade excessiva utilizada pelos acusados contra a vítima, deixando-a agonizando no chão sem prestar qualquer socorro. Além disso, o promotor Bruno Barreto requereu à Justiça que seja estabelecido um valor mínimo para a reparação de danos morais à vítima.
