“Este para mim foi um aprendizado amargo. Eu tenho o costume de dar boa fé às pessoas”, disse Ilário Marques na manhã desta quarta-feira (12), durante entrevista ao programa Bom Dia Quixadá, da Rádio Meio Norte FM.
Ele se referia ao empresário Ernani Castro que, posteriormente, ofereceu ao Ministério Público as denúncias que resultaram no afastamento de Marques do comando da prefeitura de Quixadá.
Ernani Castro, aponta Marques, é réu em uma penca de processos que envolvem desde violações à Lei Maria da Penha a formação de quadrilha e bando. Ilário estava sendo indagado se não sabia do histórico do empresário antes de fechar contrato com ele.
Um detalhe curioso é que, segundo Ilário, ‘o próprio João Paulo, vice-prefeito, foi um dos que apresentaram o empresário, porque tinha amizade com ele e o conhecia’.
“João Paulo estava levando esse empresário até a Adece (Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará) e em outras prefeituras também, como a de Iguatu”, disse.
“Reconheço que foi um erro confiar. Mas eu não costumava ir atrás da vida pessoal daqueles que queriam contratar com a prefeitura”, ressaltou, contando que se preocupou apenas em averiguar se a empresa era regular, licenciada e apta a executar o serviço contratado.
Depois que Ilário foi afastado, João Paulo entrou em acordo com o empresário Ernani Castro para pagar R$ 180 mil referente a serviços que, segundo Ilário, sequer foram cumpridos.
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