Quixeramobim: “Ou tem um plano não revelado ou estão jogando a população ao Deus dará”, diz o escritor Bruno Paulino

Bruno Paulino. (Foto: Sistema Maior de Comunicação)

O escritor Bruno Paulino, presidente da Academia Quixeramobiense de Letras e integrante da Academia Quixadaense de Letras, fez duras observações na noite desta segunda-feira, 13, sobre o cenário epidemiológico de Quixeramobim, de onde é natural e residente.

Ele mostra preocupação com os últimos anúncios da prefeitura local sobre “os dados referentes a evolução da pandemia do novo coronavírus em Quixeramobim” e aponta para o que chamou de “gritante silêncio” diante da situação que lhe parece grave.

“Prever ou traçar qualquer prognóstico do pico ou de uma questionável estabilização na cidade se faz impossível”, diz. E afirma: “Estão abrindo tudo. Ou devem ter um magnífico plano não revelado de contenção do covid, ou então estão jogando a população ao Deus dará.”

O escritor cobra maiores explicações por parte das autoridades para justificar as decisões adotadas no município.

“O silêncio denuncia a omissão ou um apagão”, critica. E respondendo a questionamentos de uma internauta na sua publicação sobre a atitude negacionista de muitos, Bruno afirma: “Por isso admiro quem está na linha de frente, pois é preciso ser muito resiliente e humano pra não se abalar o tempo todo.”

Segundo o último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde, Quixeramobim já registrou 973 confirmações da doença. 587 pacientes são considerados recuperados. Aconteceram 35 mortes e 351 pessoas estão em acompanhamento.

Esse último número – de pessoas que continuam doentes – é quase três vezes maior do que o de Quixadá, município vizinho. Esse dado é revelador, principalmente se for levado em conta que Quixeramobim realiza baixa testagem na comparação proporcional com outros municípios da região. O número de infectados, portanto, pode ser muito maior. Sem testes, muitos casos acabam na área escura da sub-notificação.

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