Prefeitura de Quixeramobim é acusada de sujar nome de servidores junto a instituições bancárias

Sede da Prefeitura de Quixeramobim.

A cada semana aparece um novo sinal de que a gestão de Clébio Pavone em Quixeramobim caminha para se firmar como verdadeiro desastre.

Desta vez, a prefeitura está sendo acusada publicamente de sujar o nome de servidores públicos junto a instituições bancárias. A gestão estaria se apropriando de valores descontados dos salários dos servidores, valores destinados ao pagamento de empréstimos consignados, mas sem fazer o devido repasse aos bancos.

Elânio Bandeira, que se identifica no Facebook como Policial Militar, denunciou que um amigo seu tentou renovar o financiamento do Fies junto à Caixa Econômica Federal e foi informado pela instituição que sua mãe estava com o nome negativado e não poderia mais continuar como fiadora do contrato.

A mãe deste amigo de Elânio é servidora pública de Quixeramobim e, segundo ele, teria averiguado o assunto e descoberto que a prefeitura estava descontando valores do seu salário, valores que deveriam se destinar ao pagamento de empréstimos consignados feitos no Banco Bradesco, mas não estava fazendo o devido repasse. Como resultado, o nome da servidora ganhou restrições.

A denúncia é grave e pode acabar se tornando alvo de investigação por parte do Ministério Público Estadual. Cabe, também, aos vereadores de Quixeramobim averiguar se esta situação corresponde a um erro técnico sem maiores implicações ou se é, na verdade, uma prática criminosa adotada pela gestão de Pavone.

Elânio Bandeira incentiva os servidores prejudicados a procurarem ajuda de advogados e ingressarem com ações contra o prefeito e contra o município. Qualifica a gestão de Pavone como “devastação” e “esculhambação total”.

O Diário de Quixadá tentou contato com assessores da prefeitura, mas sem êxito.

Assista a denúncia feita:

CRIME DE APROPRIAÇÃO INDÉBITA?

Apropriação indébita é o crime previsto no artigo 168 do Código Penal Brasileiro que consiste no apoderamento de coisa alheia móvel, sem o consentimento do proprietário. O criminoso recebe o bem por empréstimo ou em confiança, e passa a agir como se fosse o dono.

Na apropriação indébita, o agente tem acesso ao bem de forma legal, mas depois que recebe o bem, resolve apoderar-se dele ilicitamente, ou seja, a pessoa deixa de entregar ou devolver ao seu legítimo dono. É o que estaria acontecendo em Quixeramobim, segundo a denúncia de Elânio Bandeira. A prefeitura, em relação de confiança, desconta valores dos salários dos servidores e, depois, não efetua o pagamento dos empréstimos consignados deles junto aos bancos, deixando que o nome dos servidores acabe negativado.


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