Militantes políticos começaram a circular em grupos de Whatsapp em Quixadá pesquisas eleitorais falsas visando beneficiar pré-candidatos.
Uma delas, atribuída ao Exacta – Instituto de Pesquisas e Consultoria LTDA, teria sido realizada entre os dias 30 de julho e 02 de agosto e escutado 1979 pessoas. Trata-se de pesquisa falsa.
Na verdade, o Exacta – Instituto de Pesquisas e Consultoria LTDA é uma empresa desativada, sem funcionamento desde o dia 04 de julho de 2016, conforme mostram dados da Receita Federal. Naquela data, a Receita expediu o certificado de pedido de baixa do CNPJ da empresa, tonando-a inativa.
Em 2009, quando ainda estava ativa, a Exacta – Instituto de Pesquisas e Consultoria LTDA e outros institutos entraram na mira da Polícia Federal. Na época, o responsável pelas investigações foi o Delegado Federal Nelson Teles Junior, como apontam reportagens sobre o assunto. Paralelamente, no mesmo ano uma CPI na Assembleia Legislativa fiscalizou vários institutos e empresas – entre elas a Exacta – após denúncias de irregularidades e fraudes na divulgação de pesquisas.
Relatório do Ministério Público do Ceará, enviado aos parlamentares cearenses, apontava: “Existem empresas cuja idoneidade não as autorizam sequer a funcionar, haja vista que se tratam de empresas de fachada, ou nem mesmo isso.”
A Exacta, porém, existia e não teve condenações por fraudes em pesquisas, tendo fechado em 2016 por outras razões.
A pesquisa falsa que agora circula em grupos de Whatsapp em Quixadá e que é atribuída à desativada Exacta, favorece o pré-candidato Ricardo Silveira e coloca o médico à frente de todos os demais pré-candidatos em cenários fictícios de avaliação. Em 2016, partidários do médico também fizeram circular nas redes sociais áudios sobre pesquisas falsas que o colocavam à frente da disputa. No final, Ricardo Silveira perdeu para Ilário Marques com uma diferença de 6.210 votos.
A divulgação de pesquisas eleitorais falsas é crime. Os responsáveis estão sujeitos a aplicação de multa no valor de R$ 53.205,00 a R$ 106.410,00, e a 6 meses a 1 ano de detenção.
