Pagar os servidores em dia não passa de uma das obrigações dos gestores, é verdade. Esse discurso fácil, porém, encontra obstáculos na realidade.
De modo geral, a atual crise que afeta os entes públicos municipais é tão grande que chega a ser surpreendente que algumas prefeituras consigam pagar em dias seu funcionalismo, quando isto deveria ser normal. O bloqueio de recursos para a saúde e para a educação, promovido pelo Governo Federal, tem dado muita dor de cabeça aos prefeitos.
Não à toa, a grande maioria das prefeituras cearenses está inadimplente. Não é preciso ir muito longe. Em Quixeramobim, por exemplo, que é um dos maiores municípios do Sertão Central, atrasos salariais tem sido constantes. Eventualmente, a justiça tem decidido bloquear valores para garantir o pagamento do funcionalismo.
Quixadá, por outro lado, vai para seu décimo sexto mês sem atraso salarial! Opositores do gestor atual até tem tentado, mas sem êxito, apresentar a administração pública como desorganizada. Recorrem a denúncias falsas de atraso, usando fontes que eles dizem que não querem se identificar.
A boa fase na administração das finanças na prefeitura de Quixadá inspira os servidores a pedir a garantia de mais direitos, o que é bom; porém, boa organização não quer dizer, necessariamente, saúde financeira. Quixadá enfrenta as mesmas dificuldades dos demais municípios.
O calendário para os pagamentos de abril já foi anunciado: dia 30/04 recebem os servidores ligados ao fundo geral, à secretaria de educação e à secretaria de desenvolvimento social. Dia 05/05 recebem os servidores ligados à secretaria de saúde. E dia 11/04 os aposentados e pensionistas.
