MPF manda arquivar denúncias da gestão João Paulo contra Ilário Marques

O Ministério Público Federal (MPF), através do Procurador da República no Ceará, Dr. Francisco Alexandre de Paiva Forte, determinou o arquivamento de uma denúncia feita pela gestão interina do vice-prefeito de Quixadá, João Paulo, contra o prefeito Ilário Marques.

João Paulo havia denunciado que a gestão Ilário Marques tinha causado um prejuízo de R$ 331.718,25 ao município na aquisição de merenda escolar. Para a gestão interina, todos os itens da merenda escolar haviam sido adquiridos com sobrepreço.

Vale ressaltar que as denúncias da gestão interina contra Ilário ganharam amplo espaço nas mídias controladas pelo médico Ricardo Silveira, que se tornou um parceiro tão íntimo de João Paulo que chegou a ter poder para indicar secretários.

Para o MPF, a denúncia é vazia e se baseou em informações que não condizem com a verdade e, desta forma, mentirosas.

O procurador relata em detalhes o procedimento adotado pela gestão Ilário Marques para aquisição de merenda escolar e aponta para a correção dele, sua transparência e possibilidade de controle por parte da sociedade, assim como sua vantagem para a municipalidade.

“O procedimento foi devidamente publicizado pelos agentes públicos de Quixadá envolvidos, proporcionando transparência e oportunizando que os órgãos de controle e a própria sociedade realizassem a devida fiscalização”, afirma o despacho do procurador. Ele também apresenta o argumento de que o método utilizado por Ilário gerou economia para os cofres públicos. Sobre a alegação de que a gestão Ilário teria dado prejuízo ao município na aquisição da merenda escolar, o MPF afirma, depois de investigar o assunto, que tal alegação “não pode ser considerada absolutamente verdadeira.”

“Assim, as informações colhidas até a presente data não indicam a existência da prática de ilícito cível ou criminal”, ressalta o MPF. “Firmo o convencimento de que não houve ofensa direta ou ameaça de lesão a direitos, razão pela qual promovo o arquivamento deste feito”, conclui.

Indagado sobre a decisão do MPF a seu favor, Ilário Marques disse apenas que sempre esteve de consciência tranquila.

PERSEGUIÇÃO DIÁRIA

Durante os 97 dias em que ficou à frente do Poder Executivo quixadaense, por causa do afastamento judicial de Ilário Marques no segundo semestre de 2018, o vice-prefeito João Paulo de Meneses Furtado não conseguiu esconder sua ânsia para se manter agarrado ao poder. Ele fez de tudo para se perpetuar no comando da prefeitura: demitiu todos os secretários da gestão Ilário, virou as costas para colegas que o ajudaram a se eleger, abandonou o projeto de governo que costumava elogiar e deu as mãos à oposição.

João Paulo convocou aliados de fora do município, principalmente do Eusébio, para perseguir Ilário. Nesse processo de perseguição, levou enorme sofrimento a várias famílias e a toda a cidade, pois desfez contratos corretos, interrompeu serviços essenciais e deixou de pagar o funcionalismo por mera ambição pelo poder. Toda semana inventava uma sindicância diferente, desejando encontrar erros que pudesse usar contra Ilário Marques.

Não demorou para João Paulo encontrar no médico Ricardo Silveira um aliado na perseguição contra Ilário. Todos os quixadaenses testemunharam as críticas diárias e a onda de denuncismo sem base que as mídias da família Silveira moveram contra o prefeito.

Para integrantes da gestão Ilário Marques, como o objetivo da família Silveira é alcançar a ambição de ter o controle da prefeitura, pouco importa se aquilo que ela denuncia em sua rádio é verdade ou mentira, desde que se fale mal de Ilário. “Essa decisão do MPF dificilmente vai encontrar espaço nesse tipo de mídia. Eles estão em permanente campanha eleitoral. Então, o que for decidido a favor do Ilário, eles vão tentar esconder”, diz um assessor ao DQ.


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