Um esquema criminoso monumental para esconder dinheiro do Imposto de Renda (IR)! É isto o que vem descobrindo a investigação que levou à ‘Operação For All’, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal (PF) e pela Receita Federal, em outubro de 2016, e cujos desdobramentos continuam implicando poderosos grupos de forró do Ceará.
Nesta segunda-feira, 06, o Diário do Nordeste publicou matéria assinada pelo repórter Messias Borges, na qual se afirma “que empresas ligadas à A3 Entretenimento não declararam, pelo menos, R$ 167 milhões no Imposto de Renda (IR)”. Diz-se, também, que “o suposto esquema criminoso teria envolvido vários ‘laranjas’ e familiares dos principais investigados”.
A suspeita que levou a abertura de inquérito policial, ainda em agosto de 2015, era de que sócios de bandas de forró, casas de show, emissoras de rádio e outras empresas ligadas à A3 Entretenimento teriam apresentado declarações de Imposto de Renda falsas e omitido créditos e bens materiais à Receita Federal, entre os anos de 2012 e 2014.
A maior parte do montante de R$ 167 milhões não declarados, isto é, R$ 121 milhões, teriam sido omitidos apenas por quatro bandas de forró: Aviões do Forró, Solteirões do Forró, Forró dos Plays e Forró do Muído.
O Diário do Nordeste afirma que “os 32 investigados – sócios de empresas ligadas à A3 Entretenimento – também declararam informações falsas ou omitiram créditos e bens ao Fisco, nesses três anos. Entre eles estão os famosos empresários Antônio Isaías Paiva Duarte (‘Isaías CDs’), Zequinha Aristides Pereira e seu filho Carlos Aristides Almeida Pereira (Carlinhos Aristides) e os cantores Solange de Almeida Pereira, José Alexandre da Silva Filho (‘Xande Avião’), José Raimundo de Lima (‘Zé Cantor’) e Samyra Oliveira Silva. A suposta rede criminosa seria maior e envolveria também familiares e ‘laranjas’.”