Morre parteira Edite, “anjo da guarda” em Quixadá nas décadas de 40 e 50

Francisca Edite Cardoso da Silva.

Paciente, sensível, solidária, carinhosa e um sorriso cheio de bondade. Ela foi um anjo da guarda, em especial, para as mulheres grávidas da Terra dos Monólitos. Naqueles anos 40, 50, quantos quixadaenses vieram a este mundo pelas santas mãos da parteira Francisca Edite Cardoso da Silva? Nem ela mesmo sabia, mas nos contava cheia de ternura que só em uma noite já havia feito até 10 partos.

A morte de Dina Edite aconteceu na madrugada de sexta-feira, 18, e teve velório realizado neste sábado, 19, com sepultamento programado para as 17 horas.

Edite foi levada a antiga Maternidade Jesus, Maria e José pelas mãos de Maria Almeida, com o pleno consentimento do benfeitor Padre Luis Braga Rocha. Fazia questão de lembrar que muitos nascimentos passaram pelas suas mãos, enquanto os batizados eram realizados pelo padre.

Sempre atenciosa e dedicada ao trabalho, ganhou a confiança dos médicos, tais como os doutores Eudásio, Maranhão, Antônio, Everardo, Ítalo, dentre outros.

Ela não teve oportunidade de estudar tanto quanto os médicos estudaram. Mas, com certeza, faculdade nenhuma do mundo teria lhe ensinado tanto amor e tanta humanidade com o próximo. Quando alguém se referia a ela como sendo um “anjo da guarda”, Edite afirmava que “somos todos anjos, mas de uma asa só. E só conseguimos voar quando abraçamos uns aos outros.” (Informações do radialista e memorialista Amadeu Filho.)


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