O cancelamento da sessão legislativa em Quixadá, agendada desde semana passada para esta segunda-feira (28), prejudicou interesse de milhares de servidores públicos municipais. Na sessão seria votado o Plano de Cargos e Carreiras (PCC), viabilizado ao longo de cerca de 12 meses de discussão envolvendo as categorias, o sindicato e a própria prefeitura.
As tentativas de impedir a votação começaram na semana passada, quando um mandado de segurança foi expedido pela justiça visando o cancelamento da sessão. O pedido teria sido feito pelo vereador José Evaristo. Este, porém, revelou ter sido enganado pelo vice-prefeito eleito, Marcelo Ventura. Segundo explicou Evaristo, Marcelo Ventura o teria enganado ao orientá-lo a assinar pedido à justiça com o qual ele discordava.
Evaristo levou a questão à justiça, explicou que o pedido não representava sua vontade e solicitou seu cancelamento. Hoje mesmo, conforme comunicação assinada pela técnica judiciária Marcela de Miranda Gomes Menescal, a liminar que determinou a retirada da votação do PCC de pauta foi cancelada e o processo extinto. De modo que não havia mais impedimentos legais para que o PCC fosse apreciado e votado.
A articulação liderada pela base de apoio ao prefeito eleito, Ricardo Silveira, no entanto, saiu-se vencedora no imbróglio, e os servidores públicos terão de esperar mais para ter o PCC aprovado. Nova votação deve acontecer apenas na próxima legislatura, e pelas movimentações feitas até aqui pelo vice-prefeito eleito, infere-se que não há interesse da nova gestão em fazer o projeto caminhar tão cedo.
