Maternidade de Quixadá anseia a chegada de 20 de maio para se libertar de contrato com Ricardo Silveira

Maternidade de Quixadá anseia a chegada de 20 de maio para se livrar de contrato com Ricardo Silveira .

O Hospital Maternidade Jesus, Maria e José (HMJMJ) aguarda a chegada do dia 20 de maio para se livrar de contrato com o médico quixadaense Ricardo Silveira. Nessa data, expira a validade de um contrato entre o médico e a instituição, que se arrasta sem nenhuma funcionalidade desde 2010.

Doutor Ricardo, como é mais conhecido, montou com um de seus irmãos uma empresa para ganhar dinheiro com o Hospital do Coração anexo ao HMJMJ. Segundo o Bispo de Quixadá, Dom Ângelo Pignoli, presidente do conselho que administra o hospital, a instituição construiu, com dinheiro de doações e com recursos da Unicatólica, o prédio onde os serviços de cardiologia funcionariam, mas Ricardo Silveira nunca cumpriu sua parte.

Na justiça, porém, o médico alega que quem construiu o prédio foi ele, e pede para ser indenizado. Chegou a apresentar recibos que a maternidade afirma serem falsos. Segundo a instituição, Ricardo Silveira causa prejuízo à saúde pública do município de Quixadá ao intencionar lucros exorbitantes de uma instituição filantrópica que se presta apenas a servir à população.

No contrato que mantém com a maternidade, a empresa de Ricardo Silveira embolsaria 65% de todo o lucro dos serviços, embora fosse a responsável pela parte menos dispendiosa deles. O Hospital do Coração seria transformado, desta forma, numa máquina de fazer dinheiro para os irmãos Silveira.

Conforme nota assinada por Dom Ângelo, Ricardo Silveira foi o único empecilho para que o Hospital do Coração começasse a funcionar em Quixadá. O médico teria priorizado o lucro financeiro em detrimento da própria maternidade, que ficaria no prejuízo. Nem aceitou encerrar o contrato dispendioso nem permitiu que outros interessados fizessem novas parcerias com a instituição. O 20 de maio vai libertar a maternidade da empresa dos irmãos Silveira e abrir novas perspectivas para os espaços desperdiçados no anexo local.


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