O governo interino da prefeitura de Quixadá suspendeu a realização de exames em todos os postos de saúde do município neste mês de setembro. Pelo menos é a informação que chega até o DQ por parte de servidores públicos.
A suspensão no fornecimento deste serviço essencial pode ter a ver com o bloqueio de todos os tipos de pagamentos por parte da máquina pública a fornecedores e a vedação de quaisquer novas compras de materiais, até mesmo daqueles destinados aos serviços de saúde.
O prefeito interino almeja auditar todas as atividades financeiras realizadas pelo governo Ilário Marques, aparentemente, a qualquer custo.
Profissionais de saúde repercutiram no decorrer das últimas duas semanas as decisões do prefeito interino de bloquear quaisquer pagamentos ou liberações de compras, inclusive para unidades como a UPA.
Para se ter uma ideia, o hospital Eudásio Barroso teve que comprar oxigênio à força, desobedecendo ordem para não fazê-lo, segundo relatos de servidores. Eles, inclusive, estão fazendo “vaquinhas” para comprar água para beber nestas últimas duas semanas.
“Ele precisa entender que nesses lugares a política deve ficar de lado. Ali as pessoas estão doentes. Proibir comprar oxigênio é o mesmo que condenar gente à morte”, disse uma servidora ao DQ, que não será identificada.
“Se ele quer destruir o que o Ilário vinha fazendo por que acha que isso vai ajudar ele politicamente, escolha outra área da prefeitura, não a saúde. Aqui não é decente fazer isso”, conclui.
É óbvio que esta situação precisa cessar imediatamente. A continuação de investigações – que devem continuar, é verdade -, não pode acontecer à revelia de serviços essenciais sem os quais a própria vida dos cidadãos é posta em perigo. Não existe justificativa para isto.