Gestão interina não repassou salários de terceirizados porque desconfia que eles são fantasmas

Funcionários terceirizados exigem respostas para atraso salarial em Quixadá.

O prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, não repassou os valores referentes aos salários de julho de funcionários terceirizados, deixados em caixa pelo prefeito afastado, Ilário Marques, e nem quitou o mês de agosto, porque desconfia que há funcionários fantasmas na empresa  FD Empreendimentos Eireli LTDA. Denúncias neste sentido teriam sido recebidas.

Uma auditoria – cuja existência sequer foi comprovada ainda que realmente esteja acontecendo -, tem sido usada como desculpa para explicar o motivo pelo qual a gestão interina ainda não repassou os valores deixados por Ilário Marques. O dono da FD Empreendimentos nega que sua empresa acolha servidores fantasmas e diz que a situação deles é regular. Defende, inclusive, que os trabalhadores parem suas atividades até que a prefeitura resolva liberar os repasses.

Nesta segunda-feira (17), dezenas de servidores foram ao Centro Administrativo exigir uma solução para o impasse. Lá não encontraram o prefeito, mas foram recebidos pelo procurador, Wantuil Junior. Ele explicou que a gestão interina recebeu denúncias da existência de funcionários fantasmas e que era dever apurá-las. Não disse, porém, de onde partiram essas denúncias e nem o conteúdo delas. Seriam suficientes para colocar cerca de 400 pessoas em tamanha dificuldade? Será que a gestão interina não estaria apenas procurando cabelo em ponta de prego para encontrar qualquer coisa que possa usar contra o prefeito Ilário Marques? As perguntas são relevantes.

Os funcionários que foram protestar não receberam seus salários, mas saíram com a promessa de que, até quinta-feira, os valores de julho serão repassados à empresa. A empresa, por sua vez, garantiu que vai pagar o mês de agosto.  “Aqui tá pior do que Canindé: virou a terra das promessas. Esse prefeito vai já tomar o lugar de São Francisco de tanta promessa que ele faz”, disse um dos participantes do ato.

Até que os salários sejam repassados, os funcionários terceirizados garantem que suas atividades permanecerão paralisadas.

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