Os garis de Quixadá pararam as atividades de limpeza urbana na tarde desta segunda-feira (27). A motivação para a interrupção dos serviços é atraso salarial.
Os repasses à empresa RPC Locações e Construções Eireli-EPP, à qual os trabalhadores estão vinculados, estavam sendo feitos pelo prefeito Ilário Marques entre os dias 10 e 16 de cada mês.
Os salários de julho dos garis, desta forma, deveriam estar disponíveis até o dia 16 de agosto. Neste dia, porém, uma operação do Ministério Público resultou no afastamento judicial de Ilário Marques e todas as atividades de transferência de recursos e pagamentos foram suspensas.
No dia seguinte, sexta-feira, 17, o prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, tomou posse e determinou a suspensão dos repasses à empresa RPC Locações e Construções Eireli-EPP, já que ela aparece na denúncia contra Ilário, feita por um empresário. O resultado, na prática, foi que os garis ficaram sem receber seus salários de julho.
O prefeito interino espera dialogar com o Ministério Público para determinar o retorno dos repasses à empresa investigada. Mas nenhuma data foi anunciada, o que deixou os garis apreensivos.
Na tarde desta segunda-feira já era possível perceber o acúmulo de lixo pelas ruas da cidade. Caso a paralisação demore, o cenário pode ficar bem pior, afetando, inclusive, a saúde da população.
Dois dias antes, os garis haviam paralisado os serviços, mas o secretário Higo Carlos interferiu na questão e conseguiu que a limpeza fosse retomada. Diante do que entendeu ser paralisia da máquina pública após o afastamento de Ilário Marques, Higo pediu exoneração nesta segunda-feira.
Nos bastidores o que se comenta é que o prefeito interino estaria dedicado a auditar as pastas. A cidade, no entanto, é viva e a máquina administrativa não pode parar, não obstante qualquer atividade necessária de auditoria.
