As Forças de Segurança do Estado apreenderam, durante os últimos 12 meses de 2017, mais de sete toneladas de entorpecentes, o que corresponde a um crescimento de 159,7% quando comparado ao ano de 2016, quando foram apreendidas 2,8 toneladas.
Inclusas no patamar das operações policiais, que culminaram nos números positivos sobre as apreensões das substâncias ilícitas, destacam-se os números de ações integradas que foram desencadeadas pela Coordenadoria de Planejamento Operacional (Copol) da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), no ano passado. Ao todo, foram realizadas 49 operações de cumprimento de mandados de prisão e também de busca e apreensão, em diversos bairros de Fortaleza e municípios da Região Metropolitana, além de cidades dos interiores Norte e Sul.
De acordo com as estatísticas da Assessoria de Análise e Estatística e Criminal (Aaesc) da SSPDS, em 2017, foram 5.658 autos de prisão e apreensão em flagrante por tráfico de drogas no Ceará. Houve um aumento de 44,2% em comparação a 2016, quando 3.924 pessoas foram capturadas por participação nos crimes.
“Uma das principais preocupações que tivemos foi o combate ao tráfico de drogas. Compreendemos que o comércio ilegal de entorpecentes é a principal fonte de lucro das organizações criminosas. Por isso, a partir desse foco, buscamos combater essa atividade ilícita com o incremento de efetivo e o investimento em equipamentos, que resultaram nesse balanço histórico. É uma posição de notoriedade, inclusive em nível de Nordeste”, salientou o secretário André Costa, titular da SSPDS.
Também em 2017, os trabalhos de investigação da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) foram destaques. No mês de junho, a Divisão de Combate ao Tráfico de Drogas (DCTD) apreendeu 1,2 tonelada de maconha prensada, após uma investigação sobre o armazenamento de ilícitos em uma residência no bairro Jóquei Clube – Área Integrada de Segurança 06 (AIS 06). Já no mês de julho, a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF) apreendeu 80 quilos da mesma droga, após desarticular um grupo criminoso oriundo do Rio Grande do Norte.
Além das especializadas, as ações deflagradas pelas delegacias Distritais, Municipais e Regionais também se evidenciaram. Como foi o caso de um trabalho do 15° Distrito Policial (DP), em Fortaleza, que apreendeu 38 quilos também de maconha, em uma comunidade da Praia do Futuro (AIS 10), em janeiro. Já em novembro, policiais civis da Delegacia Municipal de Limoeiro do Norte apreenderam 30 quilos do mesmo ilícito, marcando a maior apreensão feita na região do Vale do Jaguaribe, em 2017. É exatamente a maconha que lidera o topo do ranking das apreensões de entorpecentes do Estado, com 6,7 toneladas apreendidas no ano passado. Já a cocaína e o crack foram 350 kg e 183,77 kg, respectivamente.
Complementando as palavras do secretário André Costa, o delegado geral da Polícia Civil, Everardo Lima, reforça que o tráfico de drogas é a tipificação de crime que sustenta outros tipos de delito. “É a causa da grande maioria dos homicídios que ocorrem em Fortaleza. Além disso, ele funciona como uma espécie de patrocínio para outros delitos, como é o caso dos Crimes Violentos Contra o Patrimônio (CVP), furtos e outras atividades criminosas. Por isso, a participação da Polícia Judiciária consiste nos trabalhos de inteligência, que norteiam o andamento das investigações, e consequentemente, a identificação de alvos e locais onde estejam concentradas essas condutas infratoras”, disse.
