A quixadaense Maria Estelita Vieira Barros, de 87 anos, faleceu após aguardar por mais de 10 horas uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para ser transferida ao Hospital Regional de Quixeramobim.
A idosa havia sofrido um AVC hemorrágico e estava internada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Quixadá, necessitando com urgência de cuidados especializados oferecidos pelo Hospital Regional do Sertão Central (HRSC), localizado a apenas 45 quilômetros de distância.
O HRSC é reconhecido por seu excelente atendimento a pessoas que sofreram AVC. No entanto, é imprescindível que o transporte adequado seja realizado dentro da janela de 24 horas após a ocorrência do acidente vascular cerebral, o que aumenta as chances de sobrevivência e reduz as possíveis sequelas.
Infelizmente, Dona Estelita não teve garantido o direito constitucional a um atendimento adequado e acabou perdendo a vida. Na segunda-feira, sua sobrinha, Natália Lima, havia informado ao Diário de Quixadá que a família havia conseguido uma vaga no HRSC, mas enfrentava apenas o problema da ambulância para realizar o transporte adequado. Segundo ela, a família procurou o SAMU e foi informada de que duas ambulâncias estavam quebradas, e a única que estava disponível havia sido direcionada a um atendimento em Fortaleza.
A falta de uma ambulância em uma cidade como Quixadá para emergências desse tipo levanta questões pertinentes sobre a alocação de recursos públicos. Não é surpreendente que, nessas ocasiões, os cidadãos expressem seu descontentamento nas redes sociais, exigindo respeito aos seus direitos mais básicos.
O Diário de Quixadá expressa os mais profundos sentimentos de pesar aos familiares e amigos de Dona Estelita.