O jornalista Donizete Arruda, da rádio Plus FM, voltou a comentar nesta quinta-feira, 12, sobre a investigação da Controladoria Geral da União (CGU) contra o médico Ricardo Silveira, ex-superintendente da Funasa no Ceará. Escute o áudio no final desta matéria.
Ontem o médico divulgou um vídeo nas redes sociais no qual aparece ao lado de funcionários da Funasa para apresentar uma nota em que a própria Funasa afirma a inexistência de qualquer irregularidade em sua gestão do órgão, que se estendeu de agosto de 2017 a setembro de 2019. Sobre isto, Donizete Arruda comenta: “Ricardo, a investigação não é feita pela Funasa do Ceará. A investigação é feita pela Funasa nacional, pela procuradoria, pelo Ministério Público.”
Ricardo Silveira, em sua defesa, alegou que não é verdade que tenha usado assinatura de um engenheiro falecido. Para tentar provar, mostrou em vídeo um geólogo de carreira da Funasa que teria realizado os estudos para instalação dos poços profundos. Segundo informações, as mídias da família Silveira em Quixadá vão apresentar entrevista com esse geólogo. Mas Donizete explica o seguinte: “Amigo, você falou do geólogo. Mas tem o engenheiro morto, que também tava lá, Ricardo. Então não adianta essa virulência contra a investigação, porque a CGU está investigando, o Ministério Público tá investigando.” (sic)
Ricardo Silveira e suas mídias estão tentando vender a ideia de que os apontamento da CGU são de que o geólogo estava morto e estão querendo mostrar ele vivo. Mas a denúncia na CGU trata, não desse geólogo, mas de um engenheiro falecido, cuja assinatura teria sido usada para autorizar escavação de poços irregulares, segundo Donizete.
Mais grave ainda, Donizete explica que a CGU já identificou que Ricardo Silveira mandou escavar com dinheiro público poços profundos em propriedades particulares de vereadores e de empresários amigos seus. Pretensos candidatos à câmara de Quixadá também teriam sido favorecidos indevidamente. Todos serão convocados para prestar esclarecimentos. Vale ressaltar que termos de doações de terreno de nada servem como defesa se ficar configurado que a escavação atendeu a interesses, não da coletividade, mas pessoais. O ato geraria improbidade administrativa.
“Você vai ter que se defender na CGU, vai ter que se defender no MPF, vai ter que provar sua inocência”, explicou Donizete. O jornalista também lamentou a fama de traidor que Ricardo Silveira tem no Ceará. O médico aceitou o cargo na Funasa do ex-senador Eunício Oliveira e, segundo Donizete, nem sequer votou em Eunício para o senado.
Donizete compara uma acusação contra um diretor do Banco do Nordeste, investigado por rombo de R$ 200 mil contra a instituição e alvo de operação federal nesta quinta-feira, com a gravidade da situação do médico. “A acusação que pesa contra você, Ricardo, é de R$ 19 milhões. Eu não quero que seja verdade. Mas a CGU o acusa. O MPF quer uma devassa nas suas contas. E não vai deixar pedra sobre pedra na Funasa do Ceará. Vão pegar todos os funcionários da Funasa do Ceará e vão apertar pra entregar tudo como é que foi feito. Vão lhe apertar, Ricardo.” (sic)
“Não adianta gravar vídeo, esculhambar. Ricardo, eu continuo torcendo pela sua inocência, só que essa diaba da CGU e o MPF… e o relatório da CGU diz que você meteu os pés pelas mãos”, conclui o jornalista.
Escute o que disse Donizete Arruda sobre a defesa de Ricardo Silveira:
