Apenas três pré-candidatos a prefeito em Quixadá manifestam apoio à permanência do Fundeb

Aluno da rede público municipal de Quixadá.

A Câmara vai iniciar nesta semana a votação da PEC do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Distante das discussões desde o ano passado, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) tenta desidratar o texto.

No sábado (18), dois dias antes da votação na Câmara, o governo sugeriu a líderes partidários que as novas regras do Fundeb só começassem a vigorar a partir de 2022 e que metade da complementação adicional de 10% da União fosse repartida com o Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família.

Parte do Fundeb, pelo plano do governo, seria retirado para bancar assistência social. O dinheiro beneficiaria diretamente o setor privado, já que seria especificamente destinado ao pagamento de vouchers de acesso a creches particulares.

A ideia do governo, portanto, não é injetar dinheiro novo no Bolsa Família, mas entregar valores ao sistema privado retirando dinheiro da educação pública, e fazer isso por meio do Bolsa Família, que apenas mudaria de nome. Muitas analistas tem dito que a ideia é inconstitucional e fragilizaria ainda mais a educação no país.

QUIXADÁ

Da esquerda para a direita: Ilário Marques, Sergio Onofre e Cícero Freitas.

Em ano eleitoral, apenas três pré-candidatos em Quixadá, no Sertão Central, saíram em defesa do Fundeb. Ilário Marques (PT), que divulgou vídeo aderindo à campanha pela manutenção do investimento na educação; Sergio Onofre (Cidadania), também apareceu nas redes sociais pedindo a permanência do Fundeb; o mesmo fez Cícero Freitas (Rede).

Ricardo Silveira (PSD), aliado local do bolsonarismo, não se manifestou. Também não o fez o pré-candidato Cezar Augusto (MDB).


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