A coligação PSDB-Pros no Ceará pede na Justiça Eleitoral a anulação da candidatura à reeleição do presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB), que deve ser oficializada neste sábado (4) pelo MDB. A ação foi motivada pela divulgação de uma pesquisa de intenção de voto supostamente fraudulenta, realizada pela IFT.com Editoração Eletrônica.
A empresa responsável pela pesquisa é da jornalista Patrícia Paes de Andrade, cunhada do senador. Além disso, são apontados como indícios da fraude a disposição e grafia de nomes que poderiam induzir a resultados pré-determinados na pesquisa, afirma a defesa da coligação. A ação classifica o levantamento como uma “pesquisa familiar” e fraudulenta.
Entre as acusações, estão o fato de a sondagem, em todos os cenários, apresentar primeiramente o nome de Eunício e do ex-governador Cid Gomes como opções para o eleitor, sem intercalar com candidatos de outras legendas.
Outro aspecto que chamou atenção foi a grafia incorreta do nome político do candidato do PSDB ao Governo do Estado, General Theóphilo. Na pesquisa, ele é apresentado ao eleitor como “Guilherme Theophilo”. A pesquisa também ignora o nome de Henrique Meirelles, pré-candidato pelo MDB, na disputa pela presidência da República.
“O candidato General Theóphilo foi colocado na pesquisa como Guilherme. Não tem ninguém no Ceará que conhece o candidato Guilherme. Todo mundo conhece o General. Outra fraude que ficou ostensiva foi que o próprio Eunício Oliveira aparecia em primeiro lugar entre os nomes, depois o Cid”, ressalta o advogado da coligação, Maia Filho.
Penalidade
A defesa solicitou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os detalhes sobre a elaboração e aplicação da pesquisa para saber de onde partiram e quem recebeu as ligações, além dos relatórios das entrevistas para comprovar as acusações. O levantamento foi realizado por telefone, pela empresa IFT.
A representação na Justiça Eleitoral pede multa no valor de R$ 106 mil, a exclusão do candidato, com cassação de registro, e abertura de inquérito na Polícia Federal, que pode resultar em detenção de 6 meses a um ano, caso seja condenado por divulgar levantamento falso. (do Tribuna do Ceará)