PF vai pedir inquérito contra Eduardo Bolsonaro por comparar professores a traficantes

A Polícia Federal (PF) pretende solicitar a abertura de um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suas declarações sobre professores, informa Aguirre Talento, do UOL. Durante um discurso proferido em 9 de julho, o parlamentar comparou um “professor doutrinador” a um “traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”. Após análise dos fatos, a PF vai definir quais crimes o parlamentar é suspeito de ter cometido. Uma das hipóteses é a de incitação ao crime, por estimular violência contra os professores.

Segundo o deputado, um professor doutrinador causaria “discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação”. “Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime. Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando a opressão em todo o tipo de relação. Fala que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e aquela instituição chamada família tem que ser destruída”.

Além disso, a PF também abrirá uma investigação sobre o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), que estava presente no mesmo evento armamentista ao lado de Eduardo Bolsonaro. Durante seu discurso, o colega do parlamentar fez críticas ao ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB).

“Esse ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro”, disse Gilvan da Federal, referindo-se a Flávio Dino. Ele também desafiou o ministro a tomar sua arma.

As defesas de Eduardo Bolsonaro e Gilvan não se manifestaram.

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