Boa Notícia: Coronavírus tem blindagem baixa e isto facilita descoberta de vacina, diz estudo

Uma investigação científica da Universidade de Southampton, na Inglaterra, chegou à conclusão que o vírus Sars Cov-2, mais conhecido como coronavírus, não consegue resguardar-se assim tão bem das nossas defesas. A descoberta é encorajadora pelo seguinte: uma vacina pode ser mais fácil do que se imaginava.

Para chegar a esta conclusão, o que aqueles investigadores fizeram foi criar um modelo da forma como este coronavírus age, mostrando como se disfarça para entrar nas nossas células sem ser detetado. Já se sabe que há vários espigões à superfície e que são esses que lhe permitem ligar-se à nossas células. Segundo Max Crispin, que lidera a pesquisa, esses picos revestem-se de uma substância da família dos açúcares para esconderem a proteína viral, e assim evitar as nossas defesas. “São como lobos em pele de cordeiro”, sublinhou.

Mas, agora então as boas notícias – uma das principais conclusões deste estudo é que, apesar disso, este coronavírus não está tão protegido como outros. Por exemplo, avança o mesmo cientista, os vírus como o da Aids, que permanecem no hospedeiro, precisam fugir constantemente do sistema imunitário, e apresentam uma camada muito mais densa daquela substância para lhes servir de escudo.

Já no caso do coronavírus, esta proteção mais baixa pode refletir que é um vírus de atacar e seguir para outras paragens, como quem diz, passar para outras pessoas. É por isso que Crispin está convencido de que isto significa que o caminho para a vacina não é assim tão complicado (embora qualquer produto desse tipo seja considerado algo ainda a um ano de distância).

Em 2021 e sem fins lucrativos?

Não é o único a mostrar-se assim tão confiante. Paul Stoffels, diretor científico da Johnson & Johnson, a maior farmacêutica do mundo, há um mês garantia a quem quis ouvir que estava confiante numa vacina muito rapidamente. E que iria disponibilizá-la sem fins lucrativos em 2021.

A empresa, avançou ainda Stoffels, espera começar a fazer testes em humanos já depois do verão, o que pode significar produção em massa no início do próximo ano.  Também em fevereiro, o cientista que liderava a investigação britânica na mesma área também garantiu à Sky News que a sua equipa tinha feito um avanço muito significativo. E Robin Shattock, que é especialista do Imperial College de Londres, estava igualmente convicto de que os testes em humanos poderiam começar já no verão.

(As informações e o texto são da revista Visão Saúde, de Portugal).


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