Durante a véspera da 76ª Assembleia Mundial da Saúde (AMS), a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou uma Rede Internacional de Vigilância de Patógeno, em resposta à necessidade de preparação global para futuras emergências sanitárias. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, ressaltou a importância de os países estarem preparados para lidar com novas ameaças à saúde durante seu discurso no evento no início da semana.
Adhanom declarou que permanece o risco do surgimento de variantes que possam causar surtos de doenças e mortes, além da ameaça de patógenos emergentes ainda mais letais. Ele enfatizou que as pandemias não são a única ameaça que enfrentamos, destacando a necessidade de uma arquitetura eficaz para a preparação e resposta a emergências de saúde.
A nova iniciativa utiliza uma rede global para melhorar a coleta de amostras e o compartilhamento de dados entre a comunidade científica. Denominada Rede Internacional de Vigilância de Patógeno, ela tem como objetivo aprimorar os sistemas de vigilância por meio do uso de dados que possam contribuir para políticas públicas e auxiliar gestores na tomada de decisões. A análise do código genético de vírus, bactérias e outros microrganismos é a base dessa rede, fornecendo informações genômicas que permitem um melhor entendimento das características das infecções, incluindo sintomas, transmissão e riscos à saúde.
Segundo a OMS, cientistas e especialistas em saúde pública poderão identificar e rastrear doenças com base nessas informações, com o intuito de prevenir e responder a surtos como parte de um sistema de vigilância mais amplo. Além disso, a rede facilitará o desenvolvimento de tratamentos e vacinas.
A operacionalização dessa rede permitirá que os países detectem e respondam a ameaças de doenças antes que elas se tornem epidemias ou pandemias. O diretor-geral da OMS enfatizou a ambição dessa nova iniciativa e ressaltou seu papel vital na segurança da saúde, ao fornecer a todos os países acesso ao sequenciamento e análise genômica de patógenos como parte integrante de seus sistemas de saúde pública.
