Autossabotagem: padrão de comportamento que mina esforços e conquistas

Todas as segundas-feiras no meu perfil das redes sociais eu falo sobre rotina, organização, glow up e autocuidado gentil e possível.

A motivação para falar dessas questões, elaboradas na forma de dicas, foi atravessada pela minha própria necessidade de, em meio ao fim de um tratamento de saúde e inicio de um novo momento com muitas demandas de trabalho e estudo, encontrar formas de autocuidado integral.

Quando disponibilizei esse tipo de conteúdo, a abertura do canal de comunicação com várias mulheres me fez observar que, dentre as questões que são levantadas, uma eu reconheço bem: a autossabotagem.

A autossabotagem é um padrão autodestrutivo de comportamento que mina nossos esforços e conquistas. Ela pode se manifestar de diversas formas, como procrastinação constante, autorrecriminação, medo do fracasso e evitação de oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Esse ciclo vicioso pode levar a um sentimento de estagnação, frustração e baixa autoconfiança, criando um ambiente propício para a perpetuação de comportamentos autodestrutivos.

Não tem uma receita para conseguir vencê-la, porque tudo é processo. Para cada pessoa, uma estrada que envolve autoconhecimento.

Mas, existem alguns passos possíveis de serem trilhados: tirar um tempo para se conhecer melhor, identificando padrões de pensamentos e comportamentos autodestrutivos; reconhecer as inseguranças e os medos; reconhecer-nos como imperfeitos; fortalecer uma autoimagem mais saudável; estabelecer metas alcançáveis; celebrar as pequenas conquistas; e, com certeza, o mais importante, buscar apoio profissional da terapia psicológica, que é uma ferramenta poderosa para explorar questões emocionais mais profundas, desvendando os padrões de autossabotagem e fortalecendo a autoestima.

Essas atitudes nos ajudam a evitar a autossabotagem e a criar, em nós mesmas, uma imagem mais saudável de si.

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Sobre a autora: Kercya Nara é formada em Letras, Especialista em Literatura e formação do Leitor. É Mestra em Literatura e Interculturalidade. Pesquisa sobre Representação Feminina na história, nas artes e na sociedade desde 2004. Atua como professora universitária nas Áreas de Literatura, Letramento, Comunicação, Pesquisa e Produção Científica. Escreve para o DQ todos os domingos, discutindo assuntos como autocuidado físico, social, mental e profissional. 

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