Áudios mostram Robinho confessando estupro e rindo da vítima: “Não estou nem aí”

ADVERTÊNCIA: O conteúdo a seguir aborda um tema sensível e não é adequado para menores de 18 anos. Ele contém referências explícitas a estupro e utiliza termos depreciativos relacionados à violência contra a mulher.

Áudios de conversas usados pelo Ministério Público da Itália no processo que resultou na condenação do ex-jogador Robinho a nove anos de prisão por estupro de uma jovem foram revelados nesta quarta-feira (14), no podcast “Os grampos de Robinho”, do site UOL.

As conversas obtidas através de grampos no carro do ex-jogador são estarrecedoras. Apesar da condenação, Robinho permanece livre, pois está no Brasil.

Em um dos trechos, o ex-jogador afirma: “Eu comi a mina, ela fez chupeta pra mim e depois saí fora. Os caras continuaram lá”. Em outro trecho, Robinho se mostra preocupado: “Caralho, se esse bagulho sai na imprensa, vai me foder”.

“Não estou nem aí”

Em outro momento das conversas captadas em gravação da Justiça italiana em 3 de janeiro de 2014, Robinho nega as acusações e ri: “Por isso que eu estou rindo, eu não estou nem aí. A mina, a mina estava extremamente embriagada, não sabe nem quem que eu sou”.

Além disso, o ex-jogador incrimina companheiros: “Eu vi o Rudney rangando ela, e os outros caras rangando ela. Então os caras que rangaram ela vão se foder”.

“A mina sabe que tu não fez porra nenhuma com ela, ela é idiota? A gente vai dar um soco na cara dela. Tu vai dar um murro na cara, vai falar: ‘Porra, que que eu fiz contigo?’”, diz Robinho. Robinho e os demais denunciados foram procurados pelo UOL para comentar os áudios, mas até o momento não se pronunciaram.

Relembre o caso

O caso de estupro aconteceu em uma boate de Milão, em janeiro de 2013. A violência sexual foi cometida contra uma mulher albanesa que comemorava seu aniversário. Além do atacante, que na época jogava pelo Milan, e Ricardo Falco, outros quatro brasileiros foram denunciados por participação no ocorrido. Na época das investigações na Itália, os envolvidos já haviam deixado o país, por esse motivo não foram processados.

Quando foi interrogado, em 2014, Robinho admitiu relação sexual com a vítima, porém negou as acusações de estupro. O processo, iniciado em 2016, teve a primeira sentença no fim de novembro de 2017. A defesa do jogador alegou, na ocasião, que era impossível provar que a mulher estava em condição de inferioridade psíquica e física, conforme texto da sentença.

Em dezembro de 2020, a Corte de Apelação de Milão, segunda instância da justiça, confirmou a pena de nove anos de prisão do atacante e de Falco. Finalmente, em 19 de janeiro de 2022, a Corte de Cassação de Roma, última instância da justiça italiana, rejeitou o recurso apresentado pelo atacante e confirmou a pena.

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