É uma situação vexaminosa! O lixo toma conta novamente das ruas de Quixadá, principal cidade do Sertão Central.
Há dias a coleta não é feita em diversos bairros, resultando em um amontoado de resíduos nas calçadas e em terrenos baldios. Bichos de todo tipo – desde a diminuta mosca até os de tamanhos maiores, como os barrões e as vacas -, fazem a festa nos monturos que vão aparecendo.
A aparência de Quixadá é de cidade sem governo, sem cuidados, abandonada mesmo.
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Quixadá entupida de lixo!
A política de reorganização do centro da cidade, criticada como perseguição por opositores políticos de Ilário Marques, foi abandonada pela gestão interina. Hoje, aliados do novo gestor, tais opositores nada dizem sobre o caos e o desmantelo administrativo, não reclamam, não dão sugestões sobre como melhorar. O problema deles, está mais que comprovado, não é lidar com as demandas da cidade. O problema deles é com Ilário Marques. E só!
Os calçadões voltaram a ser ocupados indiscriminadamente, sem controle, sem ordem, sem higiene. Há dias em que montanhas de lixo se formam e as lanchonetes ao redor ficam impedidas de comercializar seus produtos alimentícios, pois não há cliente que suporte tomar um suco qualquer exposto à fedentina. É uma imundície!
QUAL É O PROBLEMA?
O problema é que os caminhões que coletam resíduos nas ruas da cidade estão proibidos pela justiça de descartá-los no terreno do antigo lixão.
Ocorre que a empresa responsável para realizar o transbordo do lixo coletado, das plataformas em Quixadá para o aterro sanitário em Senador Pompeu, continua realizando um serviço insatisfatório, mesmo após o prefeito interino, João Paulo, ter feito um acordo financeiro para retomada do serviço.
Como resultado do serviço insuficiente, os caminhões da coleta ficam cheios e, não tendo onde descarregar, param o serviço. A cidade, então, fica entupida de lixo!
Nesta terça-feira (06), as cenas de sacolas espalhadas pelas calçadas de quase todos os bairros voltaram a chamar atenção. Por volta de 15 horas, os caminhões da coleta estavam parados na garagem da empresa, sem condições de funcionar. Eles viram noites carregados de lixo. Isto, por sua vez, gera outro problema grave.
Há residências que ficam localizadas na vizinhança da garagem da empresa coletora. Com os caminhões permanecendo a noite toda carregados de lixo, a fedentina começa a prejudicar a qualidade de vida dos moradores e sua saúde. Uma moradora relatou ao DQ aumento da presença de ratos e baratas em sua casa. Isto faz com que os cidadãos tomem medidas de emergência por conta própria.
No Campo Velho, por exemplo, moradores se cansaram de esperar e resolveram pagar um carroceiro para retirar o lixo de suas ruas. Ele não diz onde faz o descarte do material. Recentemente, revoltado com a incapacidade da gestão interina dar uma solução para a questão, um popular colocou todo o lixo de sua casa em seu carro e o levou para a porta do Centro Administrativo e Financeiro da Prefeitura. “Só assim ele resolvem”, desabafou.