Quixadá suspende pagamentos e carros da APAPEQ, UFC, IFCE e PSF param de circular por falta de combustível ou manutenção

Quixadá suspende pagamentos e ônibus da APAPEQ, UFC, IFCE e PSF param de circular por falta de combustível ou manutenção
Quixadá suspende pagamentos e ônibus da APAPEQ, UFC, IFCE e PSF param de circular por falta de combustível ou manutenção

A decisão da gestão interina de Quixadá de bloquear todo tipo de pagamentos começa a paralisar serviços essenciais no município.

Fala-se que o prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, está auditando tudo e que só autoriza pagamentos com anuência do promotor de justiça. Se for verdade, o verdadeiro prefeito interino de Quixadá trabalha no Fórum, não na prefeitura.

Como se não bastasse bloquear até a compra de oxigênio para as unidades de saúde, sem os quais os pacientes podem morrer, agora as aberrações administrativas são estendidas a outros extremos.

A prefeitura não está autorizando com a necessária e costumeira regularidade pagamentos para aquisição de combustíveis e manutenção de veículos. Curiosamente, na semana passada entraram recursos para a compra de combustíveis, segundo o coordenador de transportes Jackson Cabral.

Como resultado, da frota de 15 ônibus e micro-ônibus da Secretaria de Educação, 10 estão parados, ou por falta de combustíveis ou por falta de manutenção. Vale ressaltar que essas manutenções são praticamente diárias. Sem elas, os veículos simplesmente param porque rodam demais e apresentam problemas mecânicos.

“Mas além de não liberarem nada, também não há nenhum processo em curso para retomar as atividades”, diz Jackson Cabral.

Os dois veículos que ficam à disposição da Associação de Pais e Amigos de Pessoas Especiais de Quixadá (Apapeq), estão parados, prejudicando dezenas de crianças especiais e minando um dos trabalhos mais bonitos e mais importantes do Ceará em defesa dos direitos de pessoas especiais.

Também estão ameaçados de continuarem circulando os ônibus que transportam alunos do Centro da cidade para a UFC e IFCE. Se antes a justa reclamação dos estudantes era por mais comodidade e segurança, isto agora pode evoluir para a falta de qualquer transporte para fazer a condução deles. Para a ampla maioria dos universitários, isto seria a concretização do estado de caos.

Os carros da saúde também estão parando por falta de combustíveis. As equipes do Programa de Saúde da Família (PSF)  estão impossibilitadas de chegar a alguns distritos. Os veículos estão, ou quebrados, ou com os tanques vazios. E ninguém da prefeitura autoriza a aquisição de gasolina. Na tarde de ontem todos os veículos ficaram parados por cerca de 3 horas.

Os que levam as equipes médicas para os distritos de Juatama, Jatobá e Várzea da Onça, estão sem combustíveis. Uma Fiat Toro de 2017, que levava a equipe médica para o distrito de Tapuiará, está com problemas nos pneus e também parou. A prefeitura não autoriza pagar despesas com a empresa que faz a manutenção. Sem combustível, sem manutenção, sem troca de óleo, os carros podem “bater o motor” a qualquer momento. Para se ter uma ideia do colapso, nenhuma das ambulâncias do Hospital Eudásio Barroso estão fazendo transporte de pacientes para fora do município.

O DQ obteve a informação de que o prefeito interino pretende dar entrevistas com a afirmação de que Ilário teria deixado a prefeitura falida. No entanto, todos estes serviços funcionavam há apenas alguns dias atrás e dinheiro foi deixado para garantir sua continuidade. A verdade é que há um bloqueio em todos os pagamentos do executivo. Há, inclusive, quem suspeite que a medida visa afugentar as empresas atuais para que, depois, o gestor interino possa fazer contratações com dispensa de licitações. Se é verdade ou não, só o tempo dirá.

Neste momento, a Câmara Municipal tem um papel importante. Não pode permitir que um prefeito interino, em nome do que quer que seja, deixe a máquina pública ser paralisada. Isto ameaça a segurança e a vida de todos.

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