Quixadá: Após Bolsonaro dizer que não confia 100% em Moro, grupo desiste de trazer boneco inflável do ex-juiz à cidade

Quixadá: Após Bolsonaro dizer que não confia 100% em Moro, grupo desiste de trazer boneco inflável à cidade

Um grupo de políticos em Quixadá estava estudando trazer de volta para a cidade o boneco inflável “super-Moro”. Ele seria instalado na praça José de Barros. Mas a ideia desmoronou.

Ontem, Bolsonaro deixou claro a jornalistas que não confia 100% em seu ministro da justiça, não frequenta a casa dele, nem Moro a sua, e que essa confiança total ele só oferece a pai e mãe. O presidente não sabia, é claro, mas sua declaração repercutiria no pequeno grupo de apoiadores em Quixadá. E o boneco, pelo menos por enquanto, não virá mais à Terra dos Monólitos.

Moro enfrentou uma semana difícil com as revelações do site The Intercept Brasil, do jornalista americano Glenn Greenwald. Ele foi pego combinando com membros do Ministério Público Federal como agir para condenar o ex-presidente Lula da Silva. As leis brasileiras proíbem o juiz de se associar a uma das partes no processo. Agora, as decisões de Moro contra Lula correm o risco de serem anuladas, e um grupo de advogados até mesmo pediu a prisão preventiva do ministro ao STJ.

Se o Moro de verdade está desmoronando agora, em Quixadá seu boneco inflável já havia desmoronado muito antes. Em 30 de agosto de 2017, quando Lula visitou Quixadá em sua caravana pelo Nordeste, o “super-Moro” foi instalado em praça pública com ajuda de pessoas ligadas ao médico Ricardo Silveira. Um grupo de índios que veio ver Lula esfaqueou o boneco, que não resistiu e desmoronou. Uma ação condenável, já que manifestações do tipo são próprias das democracias. De toda forma, o Moro de plástico e ar foi retirado de Quixadá debaixo de muita confusão.


Compartilha:

Veja Mais