PROCAP denuncia 12 pessoas investigadas na “Operação Casa de Palha”, em Quixadá

PROCAP denuncia 12 pessoas investigadas na “Operação Casa de Palha”, em Quixadá.

A Procuradoria dos Crimes Contra a Administração Pública (Procap), do Ministério Público do Ceará, denunciou 12 pessoas investigadas na “Operação Casa de Palha”, deflagrada em Quixadá no ano de 2018. As investigações começaram após denúncia do empresário Ernani Teles, proprietário da empresa DFL SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA AMBIENTAL LTDA, contratada para realização de transbordo de lixo de Quixadá para aterro sanitário próprio em Senador Pompeu.

Após desentendimentos com o ex-prefeito Ilário Marques, Ernane Teles procurou o Ministério Público e denunciou o que seria um esquema de desvio de recursos públicos. Um procedimento investigativo criminal foi aberto, culminando, agora, na denúncia formal ao Poder Judiciário. Antes disso, porém, ainda em 2018, Ilário Marques e secretários foram afastados dos cargos, mas retornaram três meses depois.

Agora, finalizada toda a investigação do caso, a Procap denunciou à justiça as seguintes pessoas:

Ilário Marques, ex-prefeito;
João Paulo de Menezes Furtado, ex-vice-prefeito;
Ana Patrícia Martins, ex-chefe de gabinete de Ilário Marques;
Francisco Ivan Benício de Sá, ex-presidente da Câmara Municipal;
Omã Murab de Oliveira, médico;
Neto Dias, ex-diretor do consórcio de saúde do Sertão Central;
Paulo Cesar Mendonça de Holanda, empresário;
Dmitry Braga Lobo, empresário;
Maria Anunciada Machado Novais, advogada;
José Elizomarte Fernandes Vieira, empresário;
Luciano Lobo dos Santos, servidor público;
Jonatas Ferreira de Lima, engenheiro.

As acusações da Procap são de desvio de recursos públicos, obstrução da justiça, fraude ao caráter competitivo de licitações, lavagem de dinheiro e organização criminosa. O órgão pede à justiça a prisão de todos os denunciados, além do pagamento de multas que podem chegar a mais de R$ 4 milhões.

O que diz a defesa de Ilário Marques

A defesa de Ilário Marques divulgou nota, nesta segunda-feira, 07, afirmando que “a denúncia apresentada não passa de uma tentativa de rediscutir fatos, pois, inexistem provas, antes ou agora, a respeito do alegado. A mesma se encontra fundamentada no relato de um homem que tentou extorquir o ex-prefeito e não obteve sucesso, fato que o motivou a criar uma fantasiosa história a fim de prejudicar a honra, imagem e prestigio do ex-gestor público frente à sociedade quixadaense.”

Ainda segundo a defesa, Ilário Marques voltou ao cargo em 2018 “exatamente por não ter sido apurado nenhuma prova que demonstrasse qualquer prática de ilícito ou conduta gravosa.” E acerscenta: “Não existem fatos novos, não existem provas, toda matéria posta já foi exaustivamente debatida, razão pela qual, acredita-se que ao final do processo restará improcedente a acusação contra o ex-prefeito.”

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