Presença da variante de Manaus do Coronavírus é identificada em Quixadá

Presença da variante de Manaus do Coronavírus é identificada em Quixadá.

A circulação massiva da nova variante do coronavírus já é confirmada no Ceará. Estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) analisou 192 amostras de infectados com Covid em 37 municípios do Estado: do total, 126 pacientes (65%) de 24 localidades tiveram a presença da nova cepa confirmada.

Quixadá, principal cidade do Sertão Central, está na lista com pelo menos um paciente identificado com a variante de Manaus. Outras cidades da Região também aparecem na lista: Várzea Alegre e Mombaça.

As amostras foram coletadas entre os dias 14 e 25 de fevereiro, sendo selecionadas por critério de qualidade para análise, como explica Eduardo Ruback, pesquisador em saúde pública da Fiocruz Ceará e coordenador de Biologia Molecular da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19.

Na manhã dessa sexta-feira (5), a Fiocruz nacional divulgou que 71,1% das amostras do Ceará deram positivo para a nova cepa, diferente dos 65% obtidos nos dados locais. Eduardo esclarece que o estudo usado é o mesmo, mas que “das 192 amostras testadas, só havia os dados completos de 172 até o momento de divulgação, e nessas a porcentagem era de 71,1%”.

“Fizemos os cortes de idade, sexo, raça/cor e localidade, mas são poucas amostras para se ter uma estatística segura detalhada. O dado principal é que temos estas variantes já circulando no Estado e, pelo retrato, em grande quantidade. Tem município que não teve nenhum caso, e outros que todas as amostras eram da nova variante”, revela.

O pesquisador alerta que, diante da maior capacidade de transmissão, a nova variante “vai se sobrepor ao vírus original e ser a responsável por essa segunda onda de casos”.

“A ciência continua preconizado que as principais formas de segurar a contaminação são as medidas de prevenção, com distanciamento social, uso de máscaras e higiene das mãos enquanto não pudermos ter uma cobertura vacinal mínima. Medidas que permitam não levar além do limite as estruturas de saúde”, pontua o cientista da Fiocruz.

Diante do contexto preocupante, a vacinação, segundo Miyajima, se torna ainda mais crucial.

“Esse vírus continua evoluindo e mudando. Ele ainda está na adolescência, como se diz, por isso é importante monitoramento constante e nacional. A recomendação é se vacinar, para frear a disseminação e as mutações”, sentencia Fábio Miyajima.

Enquanto a vacina não pode ser acessada por todos, os especialistas relembram uma tecla batida desde março de 2020: “é importante diminuir a transmissão com todas as ferramentas possíveis, manter o maior isolamento possível, usar máscara e higienizar as mãos”, lista Marco Krieger. (Com informações do Diário do Nordeste)


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