A Petrobras informou oficialmente ao prefeito de Quixadá, Ilário Marques, que vai vender sua subsidiária integral Petrobras Biocombustível S.A. (PBIO). A venda vai englobar, assim, as três usinas de biodiesel localizadas em Candeias (BA), Montes Claros (MG) e Quixadá (CE).
Em Quixadá, a empresa iniciou suas operações em 2008, chegou a ter capacidade de produção autorizada de 109 mil m³/ano de biodiesel, mas está inativa desde novembro de 2016.
De acordo com a comunicação, assinada por Fernando Assumpção Borges, Gerente Executivo de Relacionamento Externo da empresa, a decisão faz parte de um movimento maior da companhia de concentrar cada vez mais os seus recursos em águas profundas e ultra profundas, onde tem demonstrado maior diferencial competitivo ao longo dos anos.
Para a empresa, o desinvestimento na usina de Quixadá não representará prejuízo para a economia local nem descontinuidade do negócio de biocombustíveis. A Petrobras considera que, com a atual conjuntura do mercado de biodiesel, incluindo aumento do mandato previsto para atingir 15% de mistura em 2023, há expectativa de que a venda da empresa resulte em mais investimentos por parte dos novos proprietários e novas oportunidades, com impacto positivo sobre a atividade econômica local e regional.
Em contato telefônico na manhã desta segunda-feira (06), Ilário Marques disse que sua posição sobre o assunto sempre foi pelo retorno do funcionamento da usina em Quixadá. Segundo ele, desde que assumiu o atual mandato vem tentando promover a retomada das atividades da usina num arranjo envolvendo o governo do Estado, o município e a iniciativa privada.
“Esse processo não avançou. Mas nós lutamos por isso porque achamos que a usina foi uma conquista importante para Quixadá. O negócio era viável, sim. A política de privatização da Petrobras é que não quis dar continuidade a partir do governo Temer. Mas para nós o importante é que ela volte a funcionar, a gerar emprego, renda e receita fiscal para o município. Se vai ser pelo Estado ou pela iniciativa privada, a diferença, para nós, é meramente de compreensão de princípios sobre o papel do próprio Estado, mas o importante é que ela volte a funcionar”, explicou o gestor.
Gooldemberg Saraiva
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