Os 362 trabalhadores terceirizados pela empresa FD Empreendimentos em Quixadá ainda lutam para receber os salários de agosto, setembro e, agora, outubro.
Na segunda-feira (29), uma audiência em Fortaleza realizada com mediação do Ministério Público do Trabalho entre a prefeitura e a empresa não teve resultados práticos a favor dos trabalhadores.
A prefeitura insiste que há necessidade de prosseguir com as sindicâncias internas em busca de supostos funcionários fantasmas na empresa, e não realiza os repasses mensais. O prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, determinou a rescisão unilateral do contrato com a FD. Com esta medida, os trabalhadores poderão acabar de mãos abanando, por assim dizer.
A empresa, por sua vez, nega irregularidades e afirma que não tem suporte financeiro para pagar seus funcionários sem receber da prefeitura.
SERVIÇOS AFETADOS
No hospital Eudásio Barroso, onde vários trabalhadores terceirizados interromperam as atividades, a situação é de caos. Enfermeiras estão fazendo serviço de auxiliares de limpeza, varrendo o chão e cuidando da destinação do lixo, para garantir o mínimo de higiene no ambiente.
Na semana passada, o presidente da Câmara Municipal, Ivan Construções, deu o tom da seriedade desta questão. Segundo ele, mais de dez trabalhadores podem ser presos. Eles são pagadores de pensão alimentícia e estão há mais de dois meses sem conseguir honrar o compromisso. Sem isto, podem ser detidos pela polícia, a mando da Justiça, a qualquer momento.