A empresa RPC Locações e Construções Eireli-EPP, responsável pela limpeza pública de Quixadá, não conseguiu chegar a um acordo com o prefeito interino, João Paulo de Menezes Furtado, que decidiu bloquear os repasses mensais à contratada.
A RPC é investigada pelo Ministério Público no âmbito da “Operação Fiel da Balança”, que resultou no afastamento cautelar do prefeito Ilário Marques. Não há, porém, nenhuma decisão judicial impedindo a gestão interina de efetuar os pagamentos mensais à RPC, segundo estipulado em contrato firmado com a prefeitura.
Para Ilário Marques, o contrato feito com a RPC está não apenas regular, mas é um dos mais baratos para municípios do porte de Quixadá. Os serviços de limpeza pública se mantiveram regulares nos últimos 20 meses. A defesa judicial de Marques está sob análise do Desembargador Francisco Lincoln Araújo e Silva, do Tribunal de Justiça do Ceará.
Diante do impasse com a gestão interina, os garis foram orientados a levar suas Carteiras de Trabalho à sede da empresa para que todas recebam baixa. Em vez de salários, eles serão todos demitidos numa canetada só. Os pais e mães de família, a maioria composta por pessoas humildes, estão desesperados com a situação.
Os salários de junho estão nos rapasses que seriam feitos na metade de agosto, como de costume. Mas com o afastamento do prefeito, o gestor interino decidiu pelo bloqueio de todos os pagamentos.
A solução para o acúmulo de lixo em Quixadá, por sua vez, ainda não foi revelada. Nesta terça-feira (28), a cidade amanheceu sem os serviços de coleta e muita sujeira permanece espalhada por calçadas e praças em toda em todos os bairros.