Nos últimos três anos, Quixadá conseguiu reverter uma situação de colapso em suas finanças. Em 2017, por exemplo, foi necessário, em virtude do cenário herdado dos anos anteriores, que o Poder Executivo decretasse Calamidade Financeira, o que foi aprovado pela Assembleia Legislativa do Ceará. Mais de R$ 40 milhões em dívidas, bloqueio de contas públicas e caos na área fiscal, tinham paralisado o município, que havia se tornado incapaz de garantir até mesmo serviços básicos e essenciais, como coleta regular de lixo e pagamento de salários aos servidores.
Refletindo o desastre administrativo daquele período, o orçamento recebido por Ilário Marques em 2017 era exatamente o mesmo de 2016. Sem considerar o impacto que isso causaria ao município, a gestão anterior fez apenas um “copiar-colar” no orçamento antigo e, desta forma, limitou muito a capacidade de investimento do novo governo em 2017. Ao conseguir reequilibrar as contas públicas, pagar dívidas, voltar a captar e a investir, o município entrega ao próximo prefeito, Ricardo Silveira, uma situação financeira organizada, com potencial para novos investimentos.
Para 2021, o orçamento previsto, conforme proposta enviada pelo executivo à Câmara Municipal, é de R$ 252.688.934,00, o que representa 14,27% a mais que o de 2020,totalizando um acréscimo de mais de R$ 36 milhões.
Algumas áreas se destacam com mais recursos direcionados. Na saúde, por exemplo, o aumento é de 21,97%, o que representa R$ 17 milhões a mais. Na agricultura, o valor é aumentado em 25,79%, com R$ 714.800,00 a mais. Na educação, os recursos orçamentários sobem de R$ 69 milhões para R$ 72 milhões.
Essa realidade abre espaço para mais tranquilidade no começo do próximo governo municipal. Ricardo Silveira tem, como afirma o ditado, a faca e o queijo na mão.