Dor Excruciante: Mãe em Quixadá que perdeu três filhos de forma violenta em menos de um ano é alvo de boataria maldosa

Imagem meramente ilustrativa.

Em tempos de internet e informação instantânea, notícias sobre crimes violentos são lidas até com certa frieza. Pouca coisa realmente choca os leitores, já acostumados a verem fotos e vídeos com cadáveres de pessoas assassinadas ou mortas em acidentes. Cenas que há apenas alguns anos estariam disponíveis somente para estudantes de medicina ou profissionais da polícia ou do socorro de emergência, hoje em dia ficam acessíveis até para uma criança, em cores, na tela do celular.

A frieza de alguns é tanta, que nem uma mãe em profundo estado de luto está a salvo de considerações desamorosas e da boataria maldosa. Veja este caso.

Dona Maria, que mora em Quixadá, perdeu, em menos de um ano, três de seus filhos de maneira violenta.

Francisco Alexandre Rabelo Barreto, 25 anos, foi morto em um confronto com policiais no dia 15 de fevereiro deste ano, na zona rural de Morada Nova. Ele era suspeito de integrar uma quadrilha de assaltantes de bancos e de carros-fortes.

Lucas Rabelo Barreto, vulgo “Luquinha“, 23 anos, também morreu de forma violenta. Ele foi baleado em uma briga em Quixadá e morreu na porta do Hospital Municipal de Morada Nova antes de receber os primeiros socorros.

Na madrugada do último domingo (24), Mariana Rabelo Barreto, de apenas 18 anos, foi executada com 12 tiros. Todos eram filhos de Dona Maria.

A dor de uma mãe que passa por tudo isto certamente deve ser excruciante, fora do comum, insuportavelmente dolorosa. Mas nem isto foi capaz de impedir que usuários das redes sociais iniciassem o boato maldoso de que a própria Dona Maria teria morrido durante o enterro de Mariana, que aconteceu em Banabuiú. Lamentável o desprezo pela compaixão, pela misericórdia e pelo comedimento!

Como é típico nestes casos, ninguém sabe ao certo de onde a informação falsa partiu. O boato, no entanto, se espalhou com velocidade assustadora, tomando a pauta dos principais grupos de WhatsApp de Quixadá. Este caso ilustra que, apesar da utilidade para compartilhar mensagens, o aplicativo não é fonte confiável de informação. Dona Maria, de fato, se sentiu mal durante o velório da filha, mas não morreu e, na medida do possível, está bem. Esta informação foi confirmada ao DQ por familiares.

À parte de quaisquer considerações sobre seus filhos, o Diário de Quixadá deseja que, neste momento tão difícil, Deus dê forças para Dona Maria, uma mãe que precisa de consolo e encorajamento.

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