17 anos depois, homem é absolvido da acusação de homicídio em Quixadá

Francisco Alves Marcos Filho, conhecido como “Bem”, foi levado a julgamento na tarde desta quinta-feira, 13, no Fórum Desembargador Avelar Rocha, em Quixadá. Ele era acusado de participar, ao lado de Antônio Ednardo Ferreira da Silva, vulgo “Pequeno”, e Francisco Weliton Amaral, vulgo “Rato”, do assassinato de Francisco de Assis Pereira de Sousa, no dia 07 de julho de 2002.

Segundo a denúncia, os quatro faziam uso de drogas durante a madrugada num terreno baldio atrás do terminal rodoviário do município, quando a vítima foi atacada pelos acusados com facadas e pauladas. Os ferimentos foram graves, inclusive o crânio tendo sido afundado, e a morte foi imediata.

“Rato” teve o crime prescrito, pois era menor de 21 anos na ápoca do crime, e não foi julgado. “Pequeno” está preso, após ter sido condenado pelo crime que, confessou, ele praticou. Foi ele, aliás, que disse que “Bem” também havia participado da execução.

O Ministério Público do Ceará apresentou o passo a passo da acusação, descrevendo as possíveis cenas do crime e as duas versões que constavam nos autos. No final, ficou a palavra de um dos acusados contra a palavra de outro. Sem nenhuma prova ou testemunha que pudesse dizer quem estava com a verdade, o promotor pediu aos jurados que o réu fosse absolvido. No direito, vale a regra: na dúvida, o réu deve ser inocentado, pois é melhor absolver um culpado do que condenar um inocente. Os jurados, portanto, absolveram “Bem”.

O acusado ficou livre da imputação de homicídio, mas permanece preso, pois responde por outra acusação de homicídio em um processo diferente.


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