O ex-deputado federal Danilo Forte confirmou, nesta quarta-feira, 01, através de nota divulgada em suas redes sociais, que o médico Ricardo Silveira se passou por funcionário do Hospital Maternidade Jesus, Maria e José (HMJMJ), na tentativa de obter uma emenda parlamentar de R$ 500 mil.
Note no ofício abaixo, datado de 06 de julho de 2015, assinado por Danilo Forte, onde Ricardo Silveira aparece como Diretor da Maternidade.
Ricardo Silveira havia montado com um de seus irmãos uma empresa chamada Centro Integrado de Cardiologia, com a qual lucraria 65% de todos os serviços que seriam prestados na unidade cardiológica do HMJMJ. A emenda de Danilo Forte serviria para equipar a unidade que, depois, se transformaria numa máquina de fazer dinheiro para Ricardo e seu sócio.
Mas havia duas coisas erradas: primeiro, Ricardo Silveira não era funcionário da maternidade. Segundo, o centro cardiológico para onde ele disse que as emendas iriam sequer existia.
Na nota, Danilo Forte afirma: “Em relação ao fato de ter-se endereçado o ofício ao Dr. Ricardo Silveira, este se apresentou como responsável pelo Centro Cirúrgico e funcionário do hospital; quando tomei conhecimento de que entre o médico e aquela unidade de saúde, havia, apenas, um contrato de prestação de serviços, imediatamente procurei Dom Ângelo Pignoli para esclarecer o ocorrido.”
De sua parte, a maternidade denunciou à justiça, no âmbito de um processo no qual Ricardo Silveira busca indenização para si, que jamais recebeu tal emenda de R$ 500 mil e que nem mesmo conhecia o ofício endereçado ao médico. Também esclarece que Ricardo Silveira nunca teve procuração para representá-la e que não era funcionário da instituição.
Na sua nota, Danilo Forte esclarece que a emenda de R$ 500 mil se tornou nula, já que, contrário ao que dizia Ricardo Silveira, “o tal centro cardiológico ainda nem existia”. O recurso, então, nunca foi repassado ao hospital.
As perguntas que ficam são as seguintes: porque Ricardo Silveira se passou por funcionário da maternidade? Porque solicitou dinheiro em seu nome para um centro de saúde que nem mesmo existia? Porque ele não avisou à maternidade que estava pedindo dinheiro em nome da instituição? Porque enganou Danilo Forte, como aparentemente é o caso?
A disputa judicial que o médico trava na justiça contra a maternidade está prestes a ser decidida pelo Dr. Welithon Alves de Mesquita, presidente do Fórum de Quixadá.
No final de sua nota, Danilo Forte deixa claro: “Deixo aqui claro meu compromisso com o povo quixadaense, com Dom Ângelo Pignoli e Dom Adélio Tomasim. A eles devo meu respeito e grande admiração.”
Veja AQUI de Danilo Forte.
