Tem aumentado a procura de outros municípios do Sertão Central por ajuda de Quixadá para conseguir internar seus pacientes, ainda que em leitos de enfermaria de tratamento temporário, abertos na Unidade Covid local.
O equipamento, inaugurado por Ilário Marques ainda no início de maio, tem se mostrado essencial no acolhimento de pacientes diagnosticados com coronavírus. A estrutura conta com 20 leitos de enfermaria e 8 respiradores e possui capacidade de iniciar o tratamento daqueles que começam a apresentar agravamento dos sintomas.
Dezenas de pacientes já passaram pelo local e se recuperaram, e eles sabem da importância da iniciativa. Outros conseguiram ficar ali até serem transferidos para hospitais de referência, para internação em UTI.
Mas nem todos tem a chance de conseguir isso e a Unidade em Quixadá já registrou óbitos. A covid-19 pode apresentar agravamento de quadro clínico numa velocidade inesperada e, quando isso acontece, o Estado nem sempre tem os leitos de UTI disponíveis.
Nesta terça-feira, por exemplo, faleceu ali Terezinha Pessoa Lima Damasceno, funcionária da prefeitura de Ibicuitinga, que estava internada com diagnóstico de covid-19 a espera de uma UTI em hospitais estaduais.
No Hospital Regional do Sertão Central, por exemplo, há 40 UTI’s, mas nem sempre há alguma desocupada.
Além das UTI’s para toda a região, o HRSC também tem 62 leitos de enfermaria e nesta terça-feira ganhou mais 40 em seu hospital de campanha. Isto deve ajudar a diminuir a demanda de municípios vizinhos pelo equipamento quixadaense, o que é positivo.
Além dos próprios pacientes, Quixadá também atende demanda regional no Hospital Eudásio Barroso. Ali, a prefeitura abriu 10 novos leitos de enfermaria exclusivos para pacientes com covid-19, tornando este município aquele com a maior capacidade de acolhimento de pacientes de toda a região, ficando atrás apenas do próprio Hospital Regional.
