Quem visita o Açude Cedro, em Quixadá, fica encantado com o belíssimo cenário. A Pedra da Galinha Choca, cartão postal do Ceará, dá sua contribuição para tornar o lugar especial. Turistas saem sempre maravilhados com a paisagem, principalmente se a veem pela primeira vez.
Mas quando a questão é a quantidade de água no centenário reservatória, a situação não é animadora.
De acordo com o Portal Hidrológico do Ceará, administrado pela Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), o Cedro está com apenas 0,76% do seu volume total.
O açude iniciou o ano com 0,75% de volume. Com as chuvas, atingiu 0,78% no dia 21 de janeiro, mas então começou a diminuir de novo, chegando ao número atual. Apesar da pouca água, o espelho d’água que se forma ainda encanta quem vê o lugar.
O Cedro tem grande dificuldade para captar volume por causa dos reservatórios de menor porte, que captam água dos seus afluentes. O inverno precisaria ser anormalmente bom para que ele chegasse a atingir o seu volume total, que é de 125,7 milhões de metros cúbicos.
O Açude Cedro foi umas das primeiras grandes obras de combate à seca realizadas pelo Governo Brasileiro. A ordem de construção foi dada por D. Pedro II em decorrência do grande impacto social provocado pela seca de 1877 – 1879. Foi construído sobre o leito do rio Sitiá.