Invasões e ocupações de terrenos públicos viraram moda em Quixadá nos anos 2013 a 2016. Terrenos da prefeitura foram ocupados de forma irregular sem nenhuma tentativa de impedimento por parte do poder público, que na verdade dava seu apoio por meio da omissão em fiscalizar.
Não era apenas uma questão de permitir o uso caótico dos espaços do centro da cidade por comerciantes, ambulantes e afins, mas de deixar que ocupações para fins de edificação gerassem prejuízos milionários ao município.
Foi assim que não apenas terrenos mais distantes do centro, mas até áreas destinadas a pracinhas, logradouros, calçadas e jardins, dentro da cidade, foram usadas para a construção de imóveis particulares.
Até hoje, estas invasões recebem apoio de alas da política local e até de parte da imprensa comprometida com candidaturas familiares.
Fora do poder, esta ala adota o discurso de que a fiscalização deve ser para todos, não somente para alguns. No poder, são estas mesmas pessoas que não permitem fiscalização nenhuma e deixam o município desprotegido de invasões como as que ocorreram nos anos já citados.
O trabalho realizado pela Agência de Fiscalização do município (Agefisq), um órgão composto por servidores concursados e de carreira, e que reuniu todas as áreas de fiscalização municipal, é ferozmente atacado por estes grupos políticos quando empreende recuperar áreas invadidas.
A fiscalização quixadaense, que hoje é livre para agir conforme a lei, sem interferência do chefe do executivo, é uma das mãos do poder público que essa parte da ala política que dominou Quixadá no passado sonha acabar ou impor limites.